
O combate ao garimpo ilegal de ouro na Amazônia terá reforço. O Brasil e a França assinaram um acordo para combater a prática por meio do rastreio da origem do mineral extraído tanto no Brasil quanto na Guiana Francesa, território ultramarino da França, na América do Sul.
O programa Ouro Alvo analisa a assinatura físico-químico de uma amostra do metal e relaciona os dados à origem geológica. Dessa forma, as informações adquiridas podem ajudar no combate à lavagem de dinheiro, a crimes ambientais e demais crimes ligados à extração ilegal do ouro.
O programa no Brasil fica sob responsabilidade da Polícia Federal (PF), que poderá ser recebida na Guiana Francesa para a análise de ouro extraído no território vizinho, e vice-versa. As amostras extraídas em território francês ficarão à disposição das autoridades brasileiras para que sejam analisadas e registradas no banco internacional de perfis auríferos do Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal, por exemplo.
Um ponto de atenção especial vai para os barcos e os aviões envolvidos no transporte de ouro, mercúrio, cianeto ou de outros produtos usados no garimpo de ouro. Há ainda a previsão de operações coordenadas entre os países nos dois lados da fronteira.