Os níveis dos rios na Amazônia seguem dentro da normalidade, apesar da observação atípica de quedas acentuadas em estações do alto Solimões e alto Purus. Em Manaus, o rio Negro segue em processo de enchente com subidas diárias de oito centímetros, com cota acima dos 22 metros.
O gerente de Hidrologia e Gestão Territorial da Superintendência Regional de Manaus do Serviço Geológico do Brasil (SGB), André Martinelli, explicou que as oscilações de chuvas em janeiro provocaram redução dos níveis em algumas estações: “A maior parte da bacia registrou um acumulado negativo de chuva para o mês de janeiro, o que resultou em uma queda abrupta e incomum dos níveis dos rios, especialmente nas estações mais a montante do Solimões e nos principais afluentes da margem direita, como o Rio Purus. No entanto, nas últimas duas semanas, as chuvas superaram as expectativas para o período”.
O rio Negro, em Barcelos, segue em recessão com uma média de novembro centímetros de descida diária. No Solimões, apesar de estar em processo de enchente, a estação de Manacapuru começa a apresentar respostas às quedas ocorridas na parte mais alta da bacia.
A Bacia do rio Solimões apresenta comportamentos distintos: em Tabatinga, houve um retorno ao aumento do nível das águas, com uma média diária de oito centímetros, enquanto em Fonte Boa o rio segue descendo cerca de 15 centímetros por dia.
Já Manacapuru apontou declínios menores, em torno de um centímetro diário. Essas descidas são consequência do que foi observado há duas semanas na estação de Tabatinga.
Na Bacia do Rio Amazonas, as estações monitoradas indicam aumento dos níveis. Em Itacoatiara, subiu cerca de cinco centímetros por dia, enquanto Óbidos (PA) registrou um aumento médio de seis centímetros diários.
