Atividade e emprego na indústria da construção continuam em queda

Construção civil - Foto: Arquivo
Indústria de construção civil em queda/Foto: Arquivo
Indústria de construção civil em queda/Foto: Arquivo

A atividade e o emprego na indústria da construção continuam em queda. O nível de atividade atingiu 37,9 pontos e o indicador de emprego registrou 37,2 pontos, informa a Sondagem Indústria da Construção, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), na última quinta-feira (30). O indicador mensal varia de zero a cem pontos. Abaixo de 50, indicam queda na produção e no emprego.
A utilização da capacidade de operação ficou estável em relação a fevereiro, em 60%, mas nove pontos percentuais abaixo do registrado em março de 2014. O nível de atividade continuou se afastando do usual. O índice de nível de atividade efetivo em relação ao usual recuou para 30,6 pontos, o menor valor da série, iniciada em 2010. Isso mostra elevada ociosidade: o índice varia de 0 a 100 e valores abaixo de 50 pontos revelam nível de atividade abaixo do usual.


Essa continuidade do fraco desempenho do setor elevou a insatisfação dos empresários com a margem de lucro e a situação financeira no primeiro trimestre do ano em relação aos últimos três meses de 2014. O índice de satisfação com a margem de lucro foi de 34,7 pontos e com a satisfação financeira atingiu 38,3 pontos, afastando-se ainda mais da linha divisória dos 50 pontos. Quanto mais abaixo dos 50, maior a insatisfação.

Para agravar o cenário, há maior insatisfação com o acesso a financiamento. O indicador de facilidade de acesso ao crédito foi de 31,7 pontos nos primeiros três meses de 2015. Os empresários também sinalizaram maior aumento do custo com matérias-primas, cujo indicador atingiu 64,3 no primeiro trimestre, bem acima da linha divisória de 50 pontos.

​​PRINCIPAIS DIFICULDADES – A pesquisa mostra ainda que a elevada carga tributária foi o principal problema enfrentado pelo setor no trimestre, com 38,3% das assinalações. Outros obstáculos apontados foram a taxa de juros elevada (30,4%), a inadimplência dos clientes (28,3%) e a demanda interna insuficiente (26,5%).

Os empresários continuam pessimistas em abril, já que os indicadores continuam abaixo dos 50 pontos. No entanto, todos índices de expectativas melhoraram na comparação com março. O indicador sobre o nível de atividade foi de 44,1 pontos neste mês frente a 43,2 pontos em março. O índice de número de empregados foi de 41,7 para 42,6 pontos no período. Já o indicador de expectativas sobre novos empreendimentos registrou 43,1 pontos em abril e o relativo às compras de insumos e matérias-primas alcançou 43,5 pontos.

A intenção de investimentos também continua baixa e se manteve inalterada na comparação com março. O índice recuou 0,2 ponto no período e atingiu 34,4 pontos em abril

Esta edição da Sondagem Indústria da Construção foi feita entre 1º e 15 de abril com 577 empresas, das quais 185 de pequeno porte, 254 médias e 138 grandes.

Artigo anteriorCasa de Câmbio Cortez foi assaltada hoje no Adrianópolis
Próximo artigo4,7 mil feridos vão precisar de reabilitação no Nepal, diz OMS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui