
O transporte coletivo em Manaus sempre foi problemático. Seja por conta da falta de ônibus para atender a demanda, seja pelo alto custo das tarifas mais caras do Brasil. Mas, também, por suas paradas depredadas ou simplesmente abandonadas pelo poder público municipal em vários bairros da cidade.
Não bastasse a herança do famigerado expresso, com plataformas subutilizadas e quebradas por anos a fio, outras paradas, que inclusive servem de habitação para alguns moradores de rua, resistem à espera de uma reforma a ser feita pela prefeitura de Manaus.
O preço delas também sempre foi ponto de discussão tanto na Câmara Municipal de Manaus (CMM), quanto na Assembléia Legislativa do Estado (Aleam), sem solução. Na última reforma, a prefeitura do prefeito Arthur Neto (PSDB) desembolsou cerca de R$ 20 mil reais, por parada, para a empresa do vereador J. Nasser, da base aliada do prefeito, e que foi duramente criticada não apenas nos legislativos, mas também pelos usuários.
Mas nem todas as paradas de ônibus passaram por reforma. A atitude do prefeito Arthur, foi para atender algumas delas, até o escândalo explodir nas redes sociais e nos jornais de grande porte da cidade, devido o alto custo unitário. Dinheiro que daria para reformar uma escola, por exemplo.
Alunos da Universidade Centro Universitário do Norte (UniNorte), inclusive, provaram para o prefeito Arthur Neto (PSDB), que era possível reformar uma parada por R$ 300,00 e conseguiram realizar o seu intento. Não bastasse, faltam paradas de ônibus em muitos bairros de Manaus e, quando elas sofrem alguma avaria, são retiradas e demoram meses para serem colocadas de volta e, quando isso acontece, é graças à insistência dos moradores e líderes comunitários.

Em vários pontos de Manaus, ainda existem paradas de ônibus em condições inadequadas, não protegem nem contra o sol e, tampouco, contra a chuva. Uma delas, foi vista na avenida J, no bairro da Alvorada, zona Centro-Oeste da capital. Elas são uma mistura das que foram deixadas pelo prefeito Alfredo Nascimento (detalhe que o teto é de plástico imitando telhas de barro), com as paradas feitas por Serafim Corrêa, em que serviam mais de exposição de publicidade do que propriamente parada de ônibus com contra longevo de exploração.

Hoje, o que mais se faz na prefeitura do PSDB, em Manaus, é gastar sem ao menos ouvir quem realmente precisa e pode dar soluções simples e baratas para a questão: o usuário do transporte coletivo, o desportista, o cidadão comum. Até quando?