A saúde inadimplente dos municípios do Amazonas – por Rodrigo Furtado

Recentemente, depois das grandes manifestações pelo Brasil, que tomou conta dos diversos noticiários, ainda vivenciamos inúmeros protestos pelo país, no Estado do Amazonas não é diferente.


 

Estamos às vésperas das Conferências de Saúde. Em Manaus, ela ocorrerá nos dias 8 e 9 desse mês. É um assunto importante para debater, pois, saúde pública deve ser tratada como uma questão de prioridade por todos nós.

 

Um ponto curioso identificado, é que a sociedade brasileira não possui o costume de ler e nem de buscar se envolver nas questões sociais políticas do Brasil, mas em contra partida, em sua maioria, todos os brasileiros reclamam dos péssimos serviços públicos prestados pelos seus governos, ainda por cima não refletem na consequência de seus votos em épocas de campanhas eleitorais.

 

Grande parte daqueles que critica, é também aqueles que se submete ao voto comprado, vendendo sua dignidade e a de outras pessoas consequentemente, refletindo assim as péssimas tomadas de decisões políticas na vida de todos e todas nós.

 

Esta breve análise nos remete a uma reflexão do que é necessário fazer, pois isto é um fato no dia a dia, a hipocrisia é uma pura realidade praticada pelas pessoas. A notícia triste é que, os 62 municípios que compõem o estado do Amazonas, todos estão impedidos de receberem dinheiro público repassado pelo Governo Federal da Presidenta Dilma Rousseff (PT).

 

Isso mesmo! Essa a quem todos delegam culpa, responsabilizando-a por tudo o que é de ruim no país, como bem prega os “intelectos”, leigos, políticos, que não sabem discernir o competência e o funcionamento dos parâmetros da estrutura esquelética do sistema político do país.

 

Os dados do Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde (SIOPS), no Portal Transparência do Ministério da Saúde, nos revela que as prefeituras do Amazonas não prestam contas dos valores recebidos e destinados à saúde em seus municípios, porém, foram todas notificadas sobre as suas inadimplências e mesmo assim, não deram nenhuma resposta.

 

Os levantamentos dos dados no SIOPS é obrigação dos municípios, garantido por Lei Federal, chamada de Lei Complementar de número 141/12, que prevê a fiscalização nos gastos dos recursos públicos na área da saúde e como as cidades brasileiras aplicam estas verbas.

 

O mais interessante de tudo isso é que a propaganda “bonita” transmitida na TV pela Prefeitura de Manaus, de uma cidade bem organizada e em crescimento, não retrata a realidade de Manaus, pois, segundo o Ministério da Saúde, a Prefeitura da capital Amazonense também encontra-se inadimplente, não prestou contas ao Governo Federal na utilização de seus recursos e agora está proibida de receber o apoio do Governo Dilma.

 

É mole ou querem mais? A verdade leitores, é que, às mazelas e as incompetências políticas desses “políticos”, são transferidos a Presidenta Dilma e por eles, ela pago o pato como: a maior autora dos grandes problemas sociais, porém, não é só ela injustamente que paga o pato, mas somos todos nós que de certa forma, utilizamos o sistema público de saúde.

 

*Rodrigo Furtado é Presidente da Juventude da Central de Movimentos Populares do Amazonas CMP-AM / Militante dos Movimentos Sociais e cronista do Portal Correio da Amazônia.

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