AC: Haitianas dão à luz em Rio Branco para ter filhos com cidadania brasileira

Hatiana
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Hatiana Minusca contempla bebê/Foto: TV Acre

Duas haitianas deram à luz nos últimos 13 dias, na maternidade pública de Rio Branco. A última delas, teve um menino, na última segunda-feira (04). Além delas, outras duas haitianas, entre as 30 que estão no abrigo de imigrantes na capital, esperam o momento do parto.


Segundo o secretário de Justiça e Direitos Humanos do Acre (Sejudh), Nilson Mourão, as haitianas chegam grávidas ao país em busca de atendimento médico e cidadania brasileira para os filhos.

O secretário explica que desde o início da imigração haitiana ao Brasil, em dezembro de 2010, cerca de 60 mulheres grávidas passaram pelo abrigo de imigrantes. Destas, 20 grávidas estiveram no local desde abril deste ano, época em que o abrigo passou a ser administrado na capital acreana.

Para ele, existem dois motivos para isso: as melhores condições de atendimento médico e a cidadania brasileira para o filho. “Elas vêm com a finalidade de o filho nascer no Brasil. Porque se ele nasce no Brasil, tanto a criança quanto ela adquirem cidadania automática”, afirma Mourão.

Segundo ele, as grávidas são incentivadas a fazer o pré-natal assim que chegam ao abrigo de imigrantes e são acompanhadas durante a gravidez. “Aquelas que eram visivelmente identificadas, eram encaminhadas para as unidades de saúde para fazer os procedimentos do pré-natal enquanto estivessem sob a nossa responsabilidade. As que querem seguir viagem precisam da autorização médica.  Quem não tem condição de seguir viagem, permanece no abrigo”, explica.

Com uma criança recém-nascida nos braços, Minusca Saintilme, de 28 anos,  conta que está há mais de dois meses no Acre. Ela chegou ao Brasil ainda com sete meses de gravidez e sua filha, a pequena Farolita Pundes, veio ao mundo no dia 22 de julho na maternidade de Rio Branco.

Minusca veio pelo caminho usual, saindo da República Dominicana até a Colômbia, seguindo pelo Equador, Peru e depois entrou no Brasil. “Foi muito difícil. Esse bebê é fruto de muita luta”, diz. Ela desejava que a criança nascesse brasileira.

Esse não é o primeiro filho de Minusca, que deixou para trás o marido e uma filha de cinco anos, e espera que a família se reúna em breve, mas não sabe ao certo quando isso irá acontecer. Para ela, o próximo passo é chegar em São Paulo, onde vive seu irmão. “Estou esperando apenas a minha recuperação”, afirma.

Desde dezembro de 2010, Mourão apenas se recorda de três casos de bebês que nasceram enquanto as mães estavam no abrigo. O secretário ressalta ainda que as grávidas têm um atendimento especial enquanto vivem no abrigo. “Elas recebem de nossa parte um carinho todo especial. São colocados em um quarto à parte, com todas as condições, bem confortavelmente estabelecidas. Nós temos um olhar todo especial para as grávidas”, afirma.(G1)

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