Os “próceres” do PSDB, do PMDB, do PSB etc. não se deram conta até agora da fria em que estão se metendo e, claro, metendo todo o país. Ainda que eles possam não se importar com o futuro do país, preocupam-se, e muito, com seus próprios futuros e, por este motivo, deveriam refletir um pouco.
Hoje, na avenida Paulista, Aécio, Alckmin e Marta Suplicy foram hostilizados. Estão abrindo a tampa da caixa de Pandora e, depois, não terão mais como fechar. Hoje, o grande herói é o juiz Moro e os políticos, todos os políticos e também a política em si, são desprezados.
O risco de fascistização é imenso…
Se vier o impeachment, com a deposição de Dilma e a humilhação de Lula, nenhum líder político terá condições de governar, porque não terá legitimidade popular para tal, tanto por não ter sido eleito, quanto porque, pelo simples fato de ser “político” estará identificado com o “mal”.
Advirá uma República dos Procuradores ou, como afirmou o ex-primeiro Ministro Espanhol, uma República dos Juízes. Num primeiro momento, os juízes e procuradores farão o que bem entender do país e dos seus cidadãos, pois eles estarão ungidos pelas ruas. Esquerdistas e “corruptos” de todas as espécies serão presos, julgados e encarcerados.
As leis serão as do momento, aquelas que juízes e procuradores julgarem as mais adequadas, adotando procedimentos característicos do fascismo.
Depois, com o passar do tempo, as velhas raposas da política voltarão, porque elas sempre voltam e porque não existe sociedade complexa sem política e sem políticos. Daí, os Moros da vida serão escorraçados, provavelmente enviados para varas em cidades longínquas ou, até quem sabe, vítimas dos seus próprios métodos. Como Carlos Lacerda e Ademar de Barros, que foram essenciais ao golpe de 1964 e depois foram presos, cassados e banidos.
Tempos sombrios nos esperam.
Há uma saída e, quem sabe, as vaias de hoje possam abrir esta porta, fazendo “cair a ficha” dos golpistas. Só um entendimento e um acordo entre as diferentes lideranças, hoje em campos opostos e cobertas de ódios recíprocos, poderão nos livrar do caos que se desenha. Acorda Aécio!