Acordo climático de Paris finalmente entra em vigor, após 20 anos

Até 2030, atingirá aquecimento global/Foto: iStock

Após quase um ano da sua aprovação e 20 anos de impasse em negociações ambientais, o acordo climático de Paris entra em vigor, oficialmente, hoje, sexta-feira (04), apesar de nem todos os países terem ratificado o texto ainda.
O Acordo de Paris, criado para substituir o Protocolo de Kyoto, é o primeiro pacto a pressionar os países a executarem seus planos para reduzir as emissões de gases do efeito estufa.


O acordo histórico foi aprovado por representantes de 195 países durante a COP 21, realizada em dezembro de 2015, e ratificado pelo limite mínimo de 55 nações, que representam 55% das emissões mundiais de gases.

Até 2030, atingirá aquecimento global/Foto: iStock
Até 2030, emissão de gases estejam até 14 bilhões além do necessário/Foto: iStock

A meta foi alcançada no início de outubro, quando a União Europeia (UE), que representa 12% das emissões, entregou a documentação de ratificação do acordo na sede das Organizações das Nações Unidas (ONU).

O tratado entra em vigor às vésperas da 22ª Conferência da ONU sobre o Clima, que terá início na próxima segunda-feira (7) na cidade de Marrakesh, em Marrocos. Cerca de 90 países já ratificaram o acordo. No entanto, entre os principais países emissores, a Rússia ainda não ratificou o acordo. A Austrália e Japão estão com o processo em andamento para confirmarem a aprovação. Polônia, Bélgica, Itália e Espanha também devem aprová-lo em nível nacional em breve. Países da América Latina, como Argentina, Brasil, México, Peru, Costa Rica, Bolívia, Honduras e Uruguai já ratificaram o acordo de Paris.

Segundo a ONU, é previsto que em 2030 as emissões de gases do efeito estufa estejam de 12 bilhões a 14 bilhões de toneladas acima do que seria necessário para manter o aquecimento global na meta acordada.

O texto do acordo do clima prevê que países ricos devem garantir um financiamento de US$ 100 bilhões por ano aos mais pobres, além de reduzir o aquecimento para 2ºC, chegando a limitá-lo a 1,5ºC. O acordo também deve ser revisto a cada cinco anos.(Terra/ANSA)

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