Acordos entre Brasil e China irão beneficiar o Amazonas, diz José Melo

Governador Melo e o ministro chinês Li Keqiang/Foto: Roberto Carlos
Dilma na recepção a Liqiang, em Brasília/Foto: Roberto Carlos
Dilma na recepção a Leqiang, em Brasília/Foto: Roberto Carlos

O governador do Amazonas, José Melo, participou hoje, terça-feira (19), da visita oficial do primeiro-ministro da China, Li Keqiang, em Brasília (DF). Durante o evento, foram assinados 35 acordos de cooperação e comércio bilaterais entre Brasil e China, que somam cerca de US$ 53 bilhões e formam o chamado Plano de Ação Conjunta 2015-2021. Segundo José Melo, os acordos que beneficiam o Amazonas são de projetos na área de ciência, tecnologia e inovação, que somam aproximadamente US$ 1 bilhão.
“Eu vejo com muita alegria, sobretudo os acordos que visam o monitoramento da Amazônia. Nós do Amazonas consideramos as nossas riquezas regionais a joia da coroa brasileira, sempre procurando explorar essas riquezas de forma sustentável. Para isso, é preciso ter o monitoramento adequado. Outro aspecto que achei importante também foram os acordos assinados voltados para a área de ciência e tecnologia que abrirão um horizonte para o Brasil de poder acessar as tecnologias de ponta que a China tem em vários campos e um deles é a questão da biotecnologia”, afirmou o governador.


José Melo ressaltou a importância da captação dos investimentos por parte do governo brasileiro nesse momento de crise. “Esses recursos e cooperações técnicas são muito importantes. O Brasil passa por um momento de ajuste para que a economia internacional possa voltar novamente com os investimentos necessárias. Vão ser injeções fundamentais na nossa economia, prevendo um horizonte de crescimento para os próximos anos”, disse.

Para o Amazonas, o governador destacou ainda que, além dos acordos bilaterais Brasil e China, o Estado será beneficiado com a parceria dos governos chinês e amazonense para projetos estratégicos. Na próxima quinta-feira, 21 de maio, José Melo vai assinar em Manaus um protocolo de intenções com o governo chinês que irá permitir financiamento para projetos do Governo Estadual, entre eles a continuidade da construção do campus da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), obras de duplicação da rodovia AM-010 e o incentivo à criação e produção de peixes em cativeiro.

Plano de Ação Conjunta 2015-2021 – Brasil e China assinaram acordos no valor de cerca de US$ 53 bilhões, que envolvem uma série de projetos de investimentos nas áreas de energia, mineração, construção de infraestruturas e manufaturas. Entre os projetos estão um acordo entre a Caixa Econômica Federal e o Banco Industrial e Comercial da China que criará um fundo de US$ 50 bilhões para o fortalecimento de opções de financiamento para projetos de infraestrutura no país; acordo de cooperação de desenvolvimento com crédito de US$ 10 bilhões para a Petrobras para atividades do pré-sal; e acordo para estudos de viabilidade da ferrovia transcontinental.

Os compromissos firmados pela presidente Dilma Rousseff com o governo chinês incluem, ainda, a criação de fundo bilateral de cooperação produtiva da ordem de US$ 20 bilhões para investimentos em siderurgia, cimento, vidro, materiais de construção, equipamentos e manufatura. Durante o evento, foi assinado ainda o protocolo sanitário que cria o marco jurídico necessário para retomar a exportação e carne bovina para a China e realizada a cerimônia online de inauguração das obras de Linhas de Transmissão Ultra-Alta da Usina Belo Monte.

Dilma Rousseff ressaltou que a China é hoje o primeiro parceiro comercial do Brasil, com comércio bilateral que totalizou, no ano passado, o montante de US$ 80 bilhões. “Com vistas a intensificar esse intercâmbio, aprovamos várias medidas importantes. Hoje estão sendo assinadas novas parcerias de comércio e investimentos produtivos em setores importantes como telecomunicações, automotivo, energia, siderurgia e mineração”, destacou.

A delegação do primeiro-ministro da China, Li Keqiang, incluiu 150 empresários chineses que se reuniram com o empresariado brasileiro na Cúpula Empresarial Brasil-China, no Palácio Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores.

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