Amazônia registrou mais de mil conflitos em 2022

Foto: Recorte

Somente no ano passado, áreas pertencentes à Amazônia Legal registraram 1.107 conflitos no campo. O número representa mais da metade de todos os conflitos ocorridos no país (54,86%), aponta o relatório Conflitos no Campo Brasil.


De acordo com o levantamento, dos 47 assassinatos no campo registrados no Brasil no ano passado, 34 ocorreram na Amazônia Legal, o que representa 72,35% de todos os assassinatos no país. Para Dom Ionilton, bispo de Itacoatiara (a 175 quilômetros de Manaus) e presidente da Comissão Pastoral da Terra (CPT), nos últimos tempos a Amazônia virou ação de quem quer tomar a terra para crescer a área do agronegócio e mineradoras.

“Isso também é resultado de uma falta de política pública deixando os quilombolas, pescadores, seringueiros a mercê da própria segurança, os órgão de segurança com Funai, IBAMA, ICMbio perderam sua falta de atuação o que ocasionou o incentivo desta prática de tomar as terras e o aumento de conflitos na área de trabalho escravo. As causas decorrem do incentivo ao porte de armas, quem tem poder econômico facilita fazer o enfrentamento”, disse.

No ano passado, os fazendeiros foram responsáveis por 23% das ocorrências de conflito por terra, seguidos do governo federal, com 16%. Em seguida, aparecem empresários (13%) e grileiros (11%). A principal mudança em relação ao ano de 2021 foi o crescimento da participação do governo federal nos conflitos por terra, que saltou de 10% para 16%.

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