Amazonino perde interesse pelo problema do desemprego no Distrito Industrial

Governador perdeu interesse em resolver problema do desemprego no DI - foto: divulgação

Representantes dos trabalhadores de vários seguimentos da indústria não estão conseguindo falar com o governador Amazonino Mendes (PDT), desde que ele assumiu o mandato tampão, em outubro de 2017. Todos os ofícios e pedidos de audiência encaminhados ao seu gabinete, estão sem respostas do executivo desde então.


Incomodada com o silêncio e desinteresse do governador, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), resolveu interceder com pedidos de audiência, para conversar sobre alguns itens com Amazonino Mendes, entre eles, segurança no Distrito Industrial, buracos em todas as ruas do Polo Industrial de Manaus (PIM) e, principalmente, propor a ele uma fórmula para estancar o alto índice de demissões verificado nos dois últimos anos.

Governador perdeu interesse em resolver problema do desemprego no DI – foto: divulgação

Os indicativos da CUT dizem que o Distrito Industrial perdeu algo em torno de 70 mil postos de trabalho nos 02 últimos anos e que várias empresas estão fechando as portas por falta de incentivos. Esses números, segundo o presidente da Central e do Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas, Valdemir Santana, refletem negativamente na economia do Estado e na movimentação financeira do comércio local.

Valdemir diz que, estranhamente, o governador está filiado a um partido trabalhista, o PDT e que por essa razão deveria interessar-se por questões voltadas para a área trabalhista, mas não o faz por questões desconhecidas.

No primeiro governo de Amazonino (1995 a 1998), segundo Valdemir Santana, o governador conversava e resolvia problemas cruciais da indústria do Amazonas. Hoje vira as costas ou faz ouvido de mercador para os problemas graves do Distrito Industrial, que é a maior fonte de renda do Estado.

Lembranças da posse

Logo depois da posse, em 04 de outubro de 2017, ainda na empolgação da conquista forçada do mandato, Amazonino Mendes, esteve em São Paulo com o jurista, advogado, professor e escritor brasileiro, Ives Gandra Martins, dizendo que a Zona Franca de Manaus passava por seus “piores momentos”. Fez até Banner para falar do seu sentimento e que estaria chamando todos para solucionar o problema. Amazonino esqueceu tudo que falou poucos dias depois.

O banner para lembrar mais uma derrapada do governador – foto: banner

O que a CUT quer?

Assim como no primeiro governo, a Central Única dos Trabalhadores quer que o governador do Estado dê, por exemplo, incentivos às empresas produtoras de conversores de TV Digital, que são obrigadas a importar nióbio da China porque as indústrias locais não tem como competir em termos de preços, devido o alto valor dos impostos. O resultado disso, são demissões da mão de obra local.

Valdemir Santana: o governador já foi melhor nessas questões foto: divulgação

Outras empresas, de outros seguimentos, também passam pelo mesmo processo. Não tem os incentivos necessários do Estado, que lhes dê condições de abastecer as indústrias do PIM com os insumos, em valores menores do que os importados da China. “O governador Amazonino Mendes pode resolver o problema do desemprego. Basta querer”, destaca Valdemir Santana.

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