Antes era ‘desinfetante ‘ agora Trump sugere Cloroquina contra o Covid

Trump adere à onda Bolsonaro de uso da hidroxicloroquina para tratamento do coronavírus - foto: recorte/montagem

Não faz um mês, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sugeriu que os americanos infectados com o coronavírus tomassem injeção de ‘desinfetante’ para ‘limpar’ os pulmões. Foi duramente criticado pela comunidade científica internacional.


Agora, depois da insistência do presidente brasileiro, Jair Messias Bolsonaro (sem partido), com uso da cloroquina no tratamento do coronavírus, aparece Trump anunciando na mídia, dizendo: “eu estou tomando porque eu acho que é bom. Ouvi um monte de histórias boas sobre ela. Se não for bom, eu conto a vocês”, completou, se dirigindo a representantes da indústria dos EUA.

Assim como o presidente brasileiro, Trump não tem nenhuma comprovação científica para receitar, ou simplesmente sugerir o uso da cloroquina e seu derivado hidroxicloroquina em pacientes contaminados com o coronavírus.

“Você ficaria surpreso com a quantidade de pessoas que está tomando, especialmente entre as que estão na linha de frente – do combate ao coronavírus -“, afirmou Trump sem citar provas.

Laboratório do Exército

Bolsonaro também não tem provas e nem comprovação científica sobre o uso da hidroxicloroquina e, assim como o presidente Americano, ele está ‘chutando’ para ver se emplaca o medicamento produzido em larga escala pelo Laboratório Químico Farmacêutico do Exército (LQFEx).

Nas últimas semanas o LQFEx intensificou a produção do medicamento Cloroquina 150 mg, apoiado pelo Laboratório Farmacêutico da Marinha (LFM) e pelo Laboratório Químico Farmacêutico da Aeronáutica (LAQFA).

Considerada pelo presidente Jair Bolsonaro como ‘arma número 1,’ no combate à pandemia do coronavírus o uso do medicamento foi o pivô da saída de Nelson Teich do comando do Ministério da Saúde na última sexta-feira (15).

Para especialistas o medicamento cloroquina não tem eficácia e segurança cientificamente comprovadas contra a covid-19. De acordo com as evidências mais sólidas que existem até agora, a cloroquina e seu derivado, hidroxicloroquina, não exercem influência na mortalidade de pacientes por covid-19.

E não adianta as críticas da comunidade científica, pesquisadores, médicos, de ex-ministros da Saúde, no Brasil e da Organização Mundial da Saúde (OMS).

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