Após fechamento de fronteira, Venezuela e Colômbia debatem combate à violência

O combate à violência por venezuelanos e colombianos/Foto: AP

As chanceleres da Venezuela, Delcy Rodriguez, e da Colômbia, Maria Angela Holguín, se reúnem hoje (26) para discutir políticas de combate à violência e ao contrabando – problemas que resultaram no fechamento de parte da fronteira dos dois países.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou o fechamento da fronteira há seis dias, depois que um civil e três militares venezuelanos foram feridos em uma emboscada. Eles foram atacados pelas costas, com armas de fogo, por dois homens que fugiram de motocicleta e ainda não foram encontrados.


Os militares venezuelanos foram baleados enquanto patrulhavam a fronteira do estado de Táchira, a fim de impedir o contrabando de gasolina e alimentos subsidiados para a Colômbia, onde são vendidos a preços mais caros. Maduro atribuiu o ataque às “máfias paramilitares colombianas” e, além de fechar a fronteira, decretou estado de exceção constitucional em seis municípios e enviou 1,5 mil soldados à região para “restabelecer a ordem, a paz e a convivência”.

Mais de mil colombianos, que vivem ilegalmente na Venezuela, deixaram seus pertences e voltaram para o país. O general venezuelano Carlos Alberto Martinez, encarregado de fazer um “censo” na região, disse que a Colômbia enviará caminhões para ajudar os deportados a buscar pertences.

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, reafirmou a disposição de seu governo de “colaborar e coordenar ações contra o contrabando e o crime organizado”, mas disse que o diálogo é a melhor forma de solucionar o problema. Segundo ele, “o confronto só serve a interesses políticos, individuais e eleitorais”.

Já o governo venezuelano acusa as máfias de explorar a pobreza. Segundo as autoridades de Táchira, o quilo do arroz, que custa 26 bolívares na Venezuela, é vendido por 650 em Cúcuta, na Colômbia, onde o índice de desemprego é de quase 20%.

Venezuela e Colômbia têm 2,2 mil quilômetros de fronteira.(Agência Brasil)

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