Após resultado do plebiscito Venezuela anuncia greve e união nacional

Júlio Torres, presidente da Assembleia Nacional /Foto: Reprodução

A coalizão de oposição venezuelana Mesa da Unidade Democrática (MUD), anunciou hoje (17), que começará a formar um governo de união nacional esta semana, após a autorização obtida no plebiscito informal realizado ontem, (16) contra a convocação de uma Assembleia Constituinte promovida pelo presidente Nicolás Maduro. A informação é da EFE.


A oposição também convocou hoje uma greve geral de 24 horas para a próxima quinta-feira (20), numa ação de protesto que é parte da “luta cívica” iniciada após a consulta popular de domingo. O anúncio foi feito pelo deputado opositor Freddy Guevara, vice-presidente da Assembleia Nacional, que falou como porta-voz da MUD em entrevista coletiva..

“Na quarta-feira, daremos o primeiro passo para avançar na formação do governo de união nacional com a assinatura do compromisso unitário para a governabilidade”, disse Guevara. Ele afirmou que a medida é um “desafio” e que exige mais do que nunca um compromisso envolvendo o povo, os diferentes setores da sociedade e a liderança política.

Júlio Torres, presidente da Assembleia Nacional /Foto: Reprodução

Nesse sentido, Guevara destacou que é “imprescindível” que o governo retire a proposta da Assembleia Constituinte. Caso contrário, a oposição mantém sua “absoluta disposição a assumir e aprofundar o conflito político nacional até conquistar a liberdade”.

Uma das ações convocadas hoje pela MUD é uma greve geral de 24 horas para a próxima quinta-feira. Além disso, os parlamentares opositores vão nomear, através da Assembleia Naciona, novos juízes para o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ).

Guevara pediu ao governo para “ler adequadamente” os resultados do plebiscito e disse que a oposição está disposta a discutir soluções à “tragédia coletiva” do país, caso Maduro esteja disposto a retirar a proposta da Constituinte.

“Estamos dispostos a discutir de maneira aberta e transparente, com propostas sérias que levem a uma superação política desta tragédia coletiva. Mas o entendimento passa, de maneira irrenunciável, pelo restabelecimento da ordem constitucional”, afirmou o porta-voz da MUD.

Os opositores do chavismo têm como prioridade deter a formação da Assembleia Nacional Constituinte, cuja eleição foi marcada pelo Poder Eleitoral para o próximo dia 30 de julho e é vista pela MUD como uma forma de “consolidar a ditadura” na Venezuela.(Agência Brasil)

Artigo anteriorJovem ameaçado é morto com dois tiros no bairro Nova Conquista, em Manaus
Próximo artigoConfusão em São Januário: Estádio interditado e Vasco perde seis mandos

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui