

A entrada de Nejmi Aziz no processo político em favor de Jose Melo tem um peso simbólico considerável. A campanha começa a ganhar consistência em uma semana que Eduardo Braga sai chamuscado ao atacar um deficiente mental na cidade de Maraã. Ele e comitiva. Seus assessores diretos, mais exaltados que ele mesmo, comprometem uma defesa que o próprio senador tem como álibi.
Como o jogo está sendo jogado, as duas coordenações de campanha além das estratégias convencionais deverão basear suas ações de surpresa e ataques certeiros ao eleitorado dos oponentes. Uma das estratégias é a do engano, da simulação.
Enganar o adversário com seus movimentos estratégicos será o núcleo das ações. É o que Sun Tzu diz: atacar quando aparentar incapacidade, movimentar-se parecendo estar parado, mesmo perto parecer distante, e se longe parecer perto. Aparecer quando não se espera. Criar situações para atrair o inimigo para armadilhas previamente estruturadas para criar fatos de grande repercussão favoráveis aos objetivos da campanha.
A entrada de Nejmi Aziz ontem na campanha é um desses ataques providenciais. O inimigo estava desordenado. Maraã continuará rendendo.
Certamente que já é possível ter uma leitura das bases de Eduardo e Melo na capital e no interior. Ambas as partes estão se preparando para um enfrentamento mais acirrado. Evita-se por enquanto esse confronto mais direto, embora já comecem aparecer com mais intensidade os ataques críticos de Eduardo Braga.
E aqui reside uma fragilidade de Eduardo Braga: com seu temperamento colérico, irritá-lo é o caminho. O que fazer para irritar ainda mais Braga?
De que forma fomentar seu egoísmo aproveitando-se da sua suposta arrogância?
Contudo, Eduardo Braga não é um adversário comum. É inteligente. Preparado. Melo também. Além da luta aberta na sociedade, um dos estágios da luta nesse momento é semear a discórdia entre aliados.
No Estado, na máquina estatal, muitos jogam um jogo duplo, esperando o melhor momento para mudar de lado. Muitos não farão diferença, mas outros serão fontes preciosas de informação. Ambos lados tentarão até o último momento desarticular as alianças dos adversários. Prefeitos pró-Melo serão confrontados com pesquisas, cenários, mostras de poder econômico e político de peso. Os aliados políticos de Eduardo também. A luta pelos indecisos está nas ruas. Luta-se também para consolidar e ampliar vantagens.
A surpresa dos ataques e aparecer onde não se é esperado fara diferença.
Nesse momento ter uma avaliação consistente de vitória ou derrota orientará as ações mais efetivas. Sun Tzu escreveu: com uma avaliação cuidadosa, podes vencer; sem ela, não pode. Menos oportunidades de vitória terá aquele que não realiza cálculos em absoluto.
Graças a este método, se pode examinar a situação, e o resultado aparece claramente.
Restará escolher as melhores acoes.
Sun Tzu (chinês simplificado: 孙武; chinês tradicional: 孫武; pinyin: Sūn Wǔ) (544 a.C. – 496 a.C.) foi um general, estrategista e filósofo chinês. Sun Tzu é mais conhecido por sua obra A Arte da Guerra, composta por 13 capítulos de estratégias militares.