Artur abandona máquinas avaliadas em mais de R$ 3 milhões e deixa agricultores sem apoio

No local estão um trator D8, uma pá mecânica, uma Patrol, uma retro escavadeira e duas caçambas, uma delas, já sem pneus e sem o motor.

Máquinas avaliadas em mais de R$ 3 milhões sob a responsabilidade da Secretaria Municipal de Produção e Abastecimento (Sempab), que deveriam fazer a limpeza dos ramais e vicinais do Pau Rosa e da Agrovila, estão paradas, sucateadas e sem utilização num sítio do ramal do Vila Nova, na zona Norte de Manaus.


A denúncia é do agricultor Benjamim Amorim, que reclama do abandono da administração do prefeito Artur Neto que não investe no setor primário de Manaus, e há dois anos deixou os tratores e caminhões no seu sítio e sumiu.

“Essas máquinas tem mais tempo parada do que funcionando. Um cara lá fora (do ramal) colocou meia quadra arada, eu botei duas quadras. Ele produziu mais macaxeira do que eu. Porque eu não tenho condições de arar. Eles cobram de três a quatro mil para destocar (arar) com uma máquina dessas. O serviço que eu estou fazendo em uma semana, essa máquina faz em duas horas”, desabafa Benjamim Amorim.

No local estão um trator D8, uma pá mecânica, uma Patrol, uma retro escavadeira e duas caçambas, uma delas, já sem pneus e sem o motor.

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A denúncia é do agricultor Benjamim Amorim, que reclama do abandono da administração do prefeito Artur Neto que não investe no setor primário de Manaus

“Isso é dinheiro nosso que está jogado aí, jogado fora. E hoje nós (os agricultores) é que somos os vigias delas pra ninguém quebrar ou destruir. Se nós tivéssemos incentivo de algum governante pra nós na roça, para ao menos destocar (arar) com uma máquina dessas. Nós éramos as pessoas que mais produziam aqui. Era nós. Nós não temos incentivos. Mais de dois anos essas máquinas paradas aqui”, diz o agricultor.

As máquinas foram doadas para a Prefeitura de Manaus num convênio com o Instituto Nacional da Colonização e Reforma Agrária (INCRA) há dois anos e desde então estão sucateadas no meio do mato. A prefeitura não possui uma política definida para o setor primário e acaba prejudicando a sobrevivência de quem depende da agricultura para manter a vida.

“Para que o produto nosso chegue lá na casa do rico. É preciso nós plantar. Nós planta. Mas o que nós usa pra plantar: é machado, é foice e terçado, porque nós não tem condições de arar uma terra para plantar”, afirma Benjamim.

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