Sem emprego com carteira de trabalho, 38,4 milhões de trabalhadores sobrevivem atualmente na informalidade, que aglutina empregados sem carteira assinada, trabalhadores domésticos sem carteira, empregador sem CNPJ, conta própria sem CNPJ e trabalhador familiar auxiliar.
A taxa, divulgada nesta sexta-feira (31), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), equivale a 41,1% da força de trabalho, a maior desde 2016, quando Temer assumiu o poder.
A política de “menos direitos” de Jair Bolsonaro, capitaneada pelo ultraliberal ministro da Economia, Paulo Guedes, também deixou 12,6 milhões de desempregados em 2019.
Em dezembro, mês de aquecimento no mercado de trabalho, a taxa de desemprego ficou em 11%, com 11,6 milhões de desocupados.
Informalidade recorde
Segundo a pesquisa, 11,6 milhões de trabalhadores trabalham sem registro em carteira no setor privado, um aumento de 4% em relação a 2018 e o mais alto patamar da série histórica iniciada em 2012.
O número de trabalhadores por conta própria – como as pessoas que trabalham para aplicativos – atingiu o maior nível da série, subindo para 24,2 milhões, sendo que a maior parte (19,3 milhões), sem CNPJ.
O número também representa um acréscimo de 3,9 milhões de pessoas desde 2012. Na comparação com 2018, a expansão foi de 4,1% (958 mil).