Calamidade, perigo e sofrimento na Delegacia de Rio Preto da Eva/Am

Como as presidiárias estão na cela/Foto: Divulgação
A superlotação da cadeia, em Rio Preto/Foto: Divulgação
A superlotação da cadeia, em Rio Preto/Foto: Divulgação
Como as presidiárias estão na cela/Foto: Divulgação
Como as presidiárias estão na cela/Foto: Divulgação
Preso no corredor da delegacia, observado por Moacir Maia/Foto: Divulgação
Preso no corredor da delegacia, observado por Moacir Maia/Foto: Divulgação

O delegado titular do 36º Distrito Integrado de Polícia (DIP), Normando da Rocha Barbosa, já fez apelos através de ofícios enviados à promotora de Justiça e ao juiz de Direito da Comarca de Rio Preto da Eva, mas nem assim, conseguiu resolver o problema da superlotação com mais de 30 presos confinados e que ficam literalmente espremidos, nas duas únicas celas da unidade policial daquele município.

Cada cela mede 3 X 4 metros e como disse o delegado em um dos seus ofícios, o ambiente dentro dos xadrezes é totalmente insalubre, não possuem as mínimas condições sanitárias e físicas para manter encarceradas tantas pessoas e pior ainda, por tempo indeterminado, uma vez que já são presos de Justiça, depois de serem encerrados os procedimentos policiais que resultou em flagrantes delitos em alguns casos e nos demais, foram mandados de prisão rigorosamente cumpridos como determina a lei.


Moacir Maia na Delegacia do Rio preto

Na segunda-feira o presidente do Sinpol-Am, Moacir Maia e diretores estiveram na Delegacia de Iranduba, que também passa pelo problema da superlotação de presos na carceragem e nesta terça-feira, às 08 horas, ele viajou até o município de Rio Preto da Eva, com os diretores Fredson Bernardo e Renato Bessa, porque também receberam denúncias de que delegados, investigadores e escrivãos também vêm “comendo o pão que o diabo amassou”, para dar conta tantos presos de Justiça nas duas pequenas celas do 36º DIP.

O prédio onde funciona a delegacia de Polícia Civil do município já é considerado pelos policiais e a própria população de Rio Preto da Eva,  como um pequeno cubículo e para se ter uma ideia, a recepção e atendimento ao público são feitos no pátio da frente, onde se colocou uma mesa, um computador para registros dos Boletins de Ocorrências, uma televisão em outra mesa bastante desgastada pelo tempo e alguns bancos de madeira, formam a precária permanência da delegacia.

Maioria dos presos é alta periculosidade

As celas estão lotadas e a maioria dos presos são de alta periculosidade, com envolvimentos em tráfico de drogas e outros delitos. O preso Neuber Nunes do Nascimento, 36 anos, preso por lesão corporal, embriaguês ao volante e que apesar de não possuir Carteira Nacional de Habilitação, envolveu-se em um acidente de trânsito em que morreram duas pessoas no dia 16 de março, quase foi morto por espancamento numa das celas, por isso fica o dia inteiro algemado e sentado em um banco colocado no corredor da delegacia. Ainda por cima ele sofre de surtos mentais e toma remédios controlados, o que também já foi levado ao conhecimento da promotoria e do juiz da Comarca, mas até agora Nauber, continua no mesmo lugar.

Fuga em massa e apenas dois policiais no plantão

O presidente Moacir Maia, o diretor Fredson Bernardo e o secretário geral do Sinpol-Am, Renato Bessa, conversaram demoradamente com o delegado Normando Barbosa, e ouviram ele confirmar ainda que a Delegacia do Rio Preto da Eva tem apenas dois policiais para cada plantão. A delegacia não tem muro na frente nem nas laterais e o único muro que existe nos fundos do 36º DIP, é do cemitério do município, o que só aumenta o perigo de vida tanto para os policiais de plantão como também para os presos.

Recentemente fugiram nove presos perigosos daquela delegacia, numa madrugada em que eles abriram um buraco na parede da carceragem usando um martelo e uma marreta, que seus comparsas conseguiram jogar através da torre de ventilação, com ajuda de cordas. Apenas dois presos foram recapturados até o momento segundo confirmou o delegado ao presidente do Sinpol-Am, Moacir Maia de Freitas. A situação se agrava ainda mais porque uma sala ao lado da “recepção” da delegacia foi improvisada para confinar somentes mulheres que também são presas de Justiça e praticaram crimes de tráfico de drogas.

Delegado revela situação ao Sinpol e à Imprensa

Depois de tomar conhecimento de tudo o que foi passado pelo delegado Normando Barbosa e pelos policiais, o presidente do Sinpol-Am, Moacir Maia de Freitas, reconheceu que a situação é de calamidade pública e muito perigo para policiais e presos, dentro da delegacia de Rio Preto da Eva. Moacir Maia e os diretores que o acompanharam ao 36º DIP, também conseguiu chamar a atenção para o problema, da Rede Calderaro de Comunicação, que enviou uma equipe de reportagem nesta terça-feira ao município para produzir uma matéria especial sobre a superlotação e todos os demais problemas enfrentados pela referida unidade policial.

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1 COMENTÁRIO

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