Campanha de Combate à Sífilis com testagem rápida começa em outubro

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A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), por meio do Departamento de Vigilância Ambiental e Epidemiológica (DVAE) e o Núcleo de Controle das DST/AIDS e Hepatites realizará de 16 a 21 de outubro, na zona urbana, a Campanha de Combate à Sífilis com o tema “Transmitindo amor, eliminando sífilis”. Na zona rural, as ações já começam na segunda-feira, 2/10, na Unidade Básica de Saúde Rural (UBSR) da comunidade N. Srª de Fátima e, no dia 10 de outubro, a Unidade de Fluvial iniciará suas ações pelo Rio Amazonas atendendo a 12 comunidades ribeirinhas até o dia 16 de outubro. No Rio Negro, o atendimento na Unidade Fluvial começará no dia 25, estendendo-se até 31 de outubro.


A campanha vai permitir o acesso ao teste rápido nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), onde esse tipo de teste já esteja implantado. A testagem é o primeiro passo para uma cadeia de ações que inclui a prevenção, o tratamento e o cuidado.

Segundo o secretário municipal de saúde, Marcelo Magaldi, o uso correto e regular do preservativo é a medida mais importante de prevenção da Sífilis e das demais Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). “Dados obtidos através do Sistema de Notificação de Agravos, em 2016 confirmaram 440 casos de sífilis congênita e, em gestantes, foram registrados 1310 casos. Em 2017 foram notificados 458 casos de sífilis congênita e, em gestantes, 992 casos de sífilis, até o dia 21 de setembro”, confirma Magaldi.

A Programação da Campanha em Manaus contará com a participação de 165 Unidades Básicas de saúde, com o envolvimento direto de 1525 servidores e quatro Organizações da Sociedade Civil (OSC). As UBSs estarão realizando ações educativas, com palestras, disponibilizando preservativos e ofertando testes rápido à população.

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Dia Nacional

O Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita é comemorado no terceiro sábado do mês de outubro de cada ano. Foi instituído pela Lei nº 13.430 de 31 de março de 2017, mobilizando os estados, municípios, movimentos sociais e associações, sociedades e conselhos de classe para o enfrentamento da doença.

Sobre a Sífilis

A Sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmitida (IST) causada pela bactéria o Treponema Pallium, e pode ser transmitida através da relação sexual sem uso do preservativo e da mãe para a criança durante a gestação ou o parto. A doença tem como primeiro sintoma uma ferida (Cancro Mole), que não causa dor, não coça, não arde e comumente aparece nos órgãos sexuais de homens e mulheres, desaparecendo depois de um tempo.

Na fase secundária há o aparecimento de manchas na pele, palmas das mãos e planta dos pés, e somem com um tempo. Quando não é diagnosticado na fase inicial passa por uma latência sem nenhuma manifestação clínica. Na fase terciária poderá ficar sem sintomas, até o momento em que surgem complicações graves como, cegueira, paralisia, doença cerebral, problemas cardíacos e morte.

A Sífilis Congênita pode causar na criança pneumonia, feridas no corpo, cegueira, dentes deformados, problemas ósseos, surdez ou deficiência mental. A maioria das pessoas com sífilis tende a não ter conhecimento da infecção, podendo transmiti-la aos seus parceiros sexuais. Quando não tratada pode evoluir para formas mais graves, costumando comprometer o sistema nervoso e cardiovascular.

A Sífilis tem tratamento e cura. O teste rápido (TR) de Sífilis está implantado e disponível em 140 Unidades Básicas de Saúde municipais, sendo prático e de fácil execução, com leitura do resultado em, no máximo 30 minutos, sem a necessidade de estrutura laboratorial.

Recomenda-se que as pessoas sexualmente ativas realizem o teste para diagnosticar a doença.Todas as gestantes e suas parcerias sexuais devem ser investigadas para as IST e informadas sobre a possibilidade de prevenção da transmissão para a criança. O diagnóstico precoce (com o uso de testes rápidos) e a atenção adequada no pré-natal reduzem a transmissão. A presença de sífilis na gestação pode afetar a criança e causar complicações, como aborto, parto prematuro, doenças congênitas ou morte do recém-nascido.

No pré-natal, os testes devem ser realizados na 1ª consulta do pré-natal (no 1º trimestre), no 3º trimestre da gestação, no momento do parto (independentemente de exames anteriores) e em caso de aborto. A atenção integral às pessoas com IST e às parcerias sexuais no momento adequado e oportuno interrompe a cadeia de transmissão dessas infecções e melhora a qualidade de vida das pessoas. Todos devem ser orientados sobre a prevenção da transmissão e de novas infecções, assim como sobre os sinais e sintomas, a necessidade de atendimento em uma unidade de saúde e a importância de evitar contato sexual até que o(a) parceiro(a) seja tratado(a) e orientado(a),principalmente as gestantes.

Prevenção        

O cuidado, a prevenção e o tratamento são primordiais para reverter o quadro da infecção, principalmente evitando a transmissão vertical da mãe para o bebê. É importante também tratar o parceiro, pois às vezes a pessoa, se trata, se cura, mas se seu parceiro não se tratar, ela acaba se recontaminando.

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