Casa Comum, Nossa Responsabilidade (Por Raimunda Gil Schaeken)

Professora Raimunda Gil Schaeken(AM)

A CAMPANHA DA FRATERNIDADE ECUMÊNICA de 2016, com o tema Casa comum, nossa responsabilidade, convida a refletirmos sobre a falta de saneamento básico que afeta milhões de pessoas no mundo todo e é o principal indicador da desigualdade social. Mesmo com grandes avanços tecnológicos, a maioria das pessoas vive em condições precárias, quando não sub-humanas. Enquanto alguns vivem no mundo das necessidades inventadas e supérfluas, do acúmulo do desperdício, muitos não têm sequer o necessário para uma vida que se possa chamar de humana.
A Campanha da Fraternidade Ecumênica é realizada pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC) e assumida pelas igrejas-membro: Católica Apostólica Romana, Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Episcopal Anglicana do Brasil, Presbiteriana Unida do Brasil e Sírian Ortodoxa de Antioquia. Além dessas igrejas, estão integradas à Campanha a Aliança de Batistas do Brasil, Visão Mundial e Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e Educação Popular (CESEEP).


O ecumenismo é uma manifestação de que a paz e a unidade na diversidade são possíveis porque o centro é a fé em Jesus Cristo. Também é uma comprovação de que Igrejas irmãs podem repartir dons e recursos na sua missão, pois o ecumênico é marcado pelo desafio de construir uma casa-comum para todos os seres vivos.

O objetivo é chamar atenção para a questão do direito ao saneamento básico para todas as pessoas, buscando fortalecer o empenho, à luz da fé, por políticas públicas e atitudes responsáveis que garantam a integridade e o futuro da Casa Comum, ou seja, do planeta Terra.

A temática está em sintonia com a Encíclica do papa Francisco “Laudato Si: cuidar da Casa Comum”, que tem chamado a atenção para o atual modelo de desenvolvimento que ameaça a vida e destrói a biodiversidade.

Quando se fala em saneamento, não estamos nos referindo somente à água e ao esgoto, mas também ao lixo, à drenagem, além da saúde pública e da cidadania.

Esse é o debate, o desafio e a responsabilidade que emergem da proposta da CFE 2016, como diz o texto-base, nº. 29; “Nosso compromisso cristão está profundamente envolvido com as necessidades básicas de todos os seres humanos, nossos irmãos e nossas irmãs”.(Raimunda Gil Schaeken – Tefeense, professora aposentada, católica praticante, membro efetivo da Associação dos Escritores do Amazonas – ASSEAM e da Academia de Letras, Ciências e Artes do Amazonas – ALCEAR.)

OBS: No próximo domingo, continuaremos escrevendo sobre o assunto. Aguardem.

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