Casas não entregues transformam novo bairro em ´cidade-fantasma´, em Maués

Casas como essa estão abandonadas, em Maués/Foto: Divulgação
Casas como essa estão abandonadas, em Maués/Foto: Divulgação
                  Casas como essa estão abandonadas, em Maués/Foto: Divulgação

Com recursos do Programa Minha Casa, Minha Vida, há seis anos, um novo bairro nascia em Maués, e hoje, a área comporta duas realidades: a que está habitada, com 250 residências construídas pelo ex-prefeito do município, Miguel Paiva Belexo, e uma cidade-fantasma ao lado, com 500 casas que ele deixou em obras em pleno vapor, com previsão de entrega marcada para agosto de 2013, mas, que nunca foram entregues aos mutuários.
Feitas na cerâmica e dotadas de sistema de energia solar e de esgoto, as 500 casas que ficaram de ser entregues estão totalmente abandonadas.


Criado por Miguel Belexo quando prefeito do município, em 2009, o bairro é uma das prioridades de seu plano de governo. “Meu sonho é entregar as casas concluídas, com novas casas, saneamento básico, urbanização, água corrente, iluminação pública, segurança, posto de saúde e área destinada ao esporte e lazer”, afirma o candidato.

Moradores reclamam

“Depois que eu e minha família viemos morar aqui, há cinco anos, nada mudou. Ninguém cuidou nem do bairro e nem da comunidade. Nem capinavam o mato daqui. Somos carentes de um posto de saúde, pois os que existem na cidade não tem médico. A iluminação pública é precária. Sem falar na segurança, que não tem. Quando volto da igreja é com medo de ir para casa. Nem podemos sair à noite”, afirma Pedro Marques 59, morador do bairro.

Para a vendedora de dindin, Marileide Soares de Sales, 34 anos, moradora do mesmo bairro, e mãe de sete filhos, emprego, renda e saúde pública são itens que passam longe de Maués nos últimos quatro anos.

“Aqui nós não temos nem a estrutura básica para morar. Na minha opinião, as pessoas precisam ver quem realmente quer trabalhar. Penso que o ex-prefeito tem condições de melhorar a situação porque já deu provas disso”, disse.

Sem oportunidades de emprego na capital e na zona rural, Lourenço Soares dos Anjos, 65, acredita que só quem vive há mais de quatro anos em Maués sabe a dura realidade encarada pelos moradores em 2016. Sem oportunidades de emprego nos últimos quatro anos, ele acredita que a saída para que a cidade volte a viver bons momentos é acreditar em quem trabalha. “Hoje a cidade vive em estado de calamidade”, disse o morador.

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