Com apoio do MEC, Amazonas vai implantar novas escolas de tempo integral

Novos CETI serão implantados no Amazonas/Foto: Arquivo
Novos CETI serão implantados no Amazonas/Foto: Arquivo
                             Novos CETI serão implantados no Amazonas/Foto: Arquivo

Será assinado na próxima semana, um termo de adesão entre o governo do Amazonas e o Ministério da Educação, destinado à expansão das escolas de tempo integral, tendo como meta, construir mais 18 escolas neste modelo no Estado, voltadas para o Ensino Médio.


Atualmente, o Estado conta com uma rede de 70 escolas de tempo integral, na capital e interior, sendo 24 delas voltadas ao Ensino Médio. Outras cinco estão em fase de conclusão para o próximo ano letivo e dez estão em processo de licitação, segundo informações da Secretaria Estadual de Educação (Seduc).

A ampliação do ensino de tempo integral foi um dos temas tratados pelo governador do Amazonas, José Melo, e pelo secretário estadual de Educação, Algemiro Lima Filho, que estiveram em Brasília para acompanhar a apresentação oficial da proposta de reformulação do Ensino Médio, na última quinta-feira, 22 de setembro. O aumento da carga horária das escolas de Ensino Médio, de cinco para sete horas (classificando-as como tempo integral) e a flexibilização da grade curricular para inserção de conteúdo profissionalizante no currículo são algumas das mudanças propostas pela Medida Provisória (MP) anunciada pelo presidente Michel Temer e pelo ministro da Educação, Mendonça Filho.

Durante o anúncio da nova proposta, que contou com a presença de vários governadores, a participação de José Melo e do governador de Pernambuco, Paulo Câmara, foram destacadas pelo ministro da Educação, em função dos avanços alcançados no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Amazonas e Pernambuco foram os únicos estados que apresentaram crescimento no Ideb no Ensino Médio.

Prioridade na Educação – José Melo, que retornou a Manaus, ontem, sexta-feira (23), se disse otimista com os novos rumos anunciado para a educação em Brasília, principalmente porque o modelo vem de encontro ao que ele já estava propondo para o Amazonas. “Elegemos o ensino de tempo integral como uma das prioridades do nosso governo, bem como o ensino profissionalizante. Essa proposta de flexibilização da grade curricular vem em boa hora, porque vamos poder oferecer aos nossos estudantes a possibilidade de poderem ter um curso técnico no Ensino Médio”, disse o governador.

Embora não façam parte da grade curricular, atualmente, o Governo do Estado, oferta cursos técnicos para estudantes que estejam cursando o último ano do Ensino Médio ou que já o tenham concluído. As aulas, ofertadas pelo Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam), acontecem à noite aproveitando o horário em que as escolas de tempo integral não estão funcionando.

Recursos – O Secretário Estadual de Educação, Algemiro Filho, que esteve na reunião do Conselho Estadual de Educação (Consed), disse que o desafio lançado em Brasília é que em dois anos 50% das escolas de Ensino Médio estejam funcionando em tempo integral, embora não haja prazo determinado para alcançar a meta. Segundo ele, pela primeira vez o Ministério da Educação vai disponibilizar recursos adicionais para estimular o tempo integral. O estado receberá R$ 2 mil a mais/ano para cada aluno matriculado nessa modalidade, fora os recursos para ampliação da rede física.

“Além do reforço federal, temos a garantia do governador José Melo de aumentar de 25% para 30% do orçamento próprio o valor do repasse para a Educação”, disse o secretário. Ele anunciou que os municípios de Humaitá, Coari, Manicoré e Borba iniciam o próximo ano letivo com uma escola de tempo integral cada, além de Itacoatiara que deve inaugurar sua unidade dois meses depois. Outras dez escolas, que serão construídas por meio de uma parceria com o BID, estão em fase de licitação.

Protagonismo juvenil – Sobre as mudanças na grade curricular, o secretário afirmou que elas vêm para garantir o protagonismo juvenil em relação à sua formação. “Com a MP, o currículo será flexibilizado e o aluno escolherá as disciplinas que deseja cursar conforme suas áreas de interesse. Este é o desafio do nosso século, garantir as condições para que os jovens tomem suas decisões em relação ao futuro”, disse o secretário ao reforçar que o Estado já vem adotando programas no sentido de tornar a escola mais atraente, como a informatização do ensino por meio dos programas Saber Mais e Amazonas Mais Conectado.  Além disso, 44 mil alunos de comunidades rurais estudam por meio do programa Ensino Mediado por Tecnologia, da Seduc.

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