Copa Diego Trindade apresenta a nova safra da Arte Suave na Vila Olímpica

Foto: Anderson Silva/Sejel

Superação, medalhas, e muita alegria no pódio. Esse foi o cenário que marcou a 3ª Copa Diego Trindade, que reuniu quase 400 atletas entre 4 e 17 anos na quadra da Vila Olímpica de Manaus, neste sábado, dia 24. O evento foi aberto ao público, que somou em rotativo uma média de mil pessoas, e apresentou a nova safra da Arte Suave do Amazonas, indicando lutadores que prometem dominar as principais competições da modalidade num futuro próximo. A ação recebeu apoio do Governo do Amazonas, via Secretaria de Estado de Juventude, Esporte e Lazer (Sejel).


Voltada para o público infantil, a competição reuniu crianças nos naipes femininos e masculinos e diversas categorias, de acordo com idade, peso e a graduação. A luta que abriu o evento foi mais do que especial: uma demonstração lúdica do esporte com o autista Welinton e seu `oponente` João Gabriel, portador de Síndrome de Down. Para Maria Marques, mãe de João Gabriel, o esporte é benéfico para o tratamento das crianças, auxiliando principalmente na cognição motora e estimulando à interação.

“É muito gratificante ver que o esporte ajuda no desenvolvimento e na desenvoltura do João. Ele tem sinais de melhora na escola e na coordenação motora. O melhor é que este esporte mostra ao atleta a luta como forma lúdica e, assim, eles não enxergam a prática como uma briga, mas sim como uma disputa sadia” explica a mãe.

No pódio

Superando quatro lutas até chegar ao lugar mais alto do pódio, estava Shayane Brasil, de 9 anos. Essa foi a segunda vez que a atleta participou da Copa Diego Trindade e se deu bem. O resultado foi motivo de orgulho para a mãe, Arlene Brasil, que colocou a pequena no esporte quando aos cinco anos. Mesmo assim, a mãe coruja ainda se emociona quando vê a primogênita entrar no tatame.

Shayane Brasil participa pela segunda vez da Copa/Foto: Anderson Silva/Sejel

“A sensação é incrível, desde quando ela começou, a emoção toma conta em todas as lutas dela. Ver ela no pódio é motivo de muito orgulho, muita felicidade. Vale muito a pena quando a gente vê o nosso filho fazendo o que gosta e vencendo na vida”, conta Arlene.

Para Shayane, este é apenas o início de um futuro dedicado ao esporte. “Quero muito aprender, ser cada vez melhor e poder participar de grandes campeonatos. Estou feliz com essa conquista, e foi muito difícil passar por todas as meninas”, disse a faixa branca.

Do lado masculino, o pequeno Rhuan Gustavo, de apenas oito anos, continua fazendo sucesso. Destaque nas edições anteriores da Copa Trindade, ele conquistou mais uma medalha em sua categoria. Por finalização, ganhou a tão desejada medalha de ouro, após superar dois adversários. Para o pai do jovem, Robson Alencar, o filho tem potencial e deve fazer carreira.

Rhuan Gustavo, de apenas oito anos, fez sucesso/Foto: Anderson Silva/Sejel

“O Gustavo gosta do esporte. E quando a gente faz o que gosta, a gente se dedica, a gente faz de tudo pra vencer. E com a idade dele, assistir ele lutando, querendo ser campeão, com vontade, com garra, é motivo de orgulho. Somos da periferia e ser destaque é muito gratificante, pois aqui tem muitos lutadores bons”, comemorou Robson.

Para Rhuan, a conquista é motivo de muita comemoração. “Fico feliz por ver minha família orgulhosa e quero sempre poder vencer. Treino bastante e vou continuar lutando até me tornar um grande atleta”, disse o faixa amarela.

Foto: Anderson Silva/Sejel

Homenagem

O Instituto Diego Trindade, com 72 atletas na competição, foi a grande campeã geral do evento. O segundo lugar ficou com a Academia Monteiro, que levou 55 atletas e a terceira com Ronny Melo, que levou 30 atletas.

A organizadora do evento, Euza Trindade, festejou bastante o sucesso da terceira edição da Copa, que homenageia seu filho, morto em 2011. Para ela, todo o sacrifício e esforço para relembrar a alegria do faixa preta é válido, e é uma forma de perpetuar o que Diego mais gostava de fazer: lutar e ensinar.

“Eu só tenho a agradecer por todas as academias que trouxeram seus atletas, por todos os pais que encheram a quadra para ver seus filhos competindo e as crianças, pois nosso foco são elas. O Diego tinha alegria quando ia treinar, quando voltava, então ver essas crianças com o sorriso estampado, a alegria de ganhar, o choro de perder, mas trazer o espírito de competição sadia, tira todo o nosso cansaço. Nossa luta é para manter esta copa tradicional”, salientou Euza.

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