Corte de verba na PF será reposto sem nenhum prejuízo, diz Ministro

Ministro Eduardo Cardozo, da Justiça/Foto: MJ

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que o corte no orçamento da Polícia Federal, em 2016, não vai prejudicar as operações da corporação, com a reposição da verba durante o ano. Segundo a PF informou na noite de ontem, quarta, o corte foi de R$ 151 milhões.
“Nunca se passou a menor hipótese de ter cortes nas operações, especialmente na [Operação] Lava Jato. Não existe essa hipótese. Isso é um factoide”, afirmou.


Na semana passada, delegados enviaram carta a Cardozo com duras críticas ao corte, apontando possível diminuição no número de investigações da PF, com cancelamento ou suspensão de contratos.

Nesta terça (05), a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), que representa os agentes da corporação, afirmou que o corte pode ser administrado internamente com medidas de gestão, como “racionalização de gastos” e “eliminação da burocracia”.

Questionado sobre o assunto nesta quarta, Cardozo afirmou que o corte “já estava resolvido”. Segundo ele, o secretário executivo do órgão, Marivaldo Pereira, conversou com o diretor-geral da PF, Leandro Daiello, garantindo a reposição do montante durante o ano, por meio de remanejamento de verbas do próprio Ministério da Justiça.

“A secretaria executiva fez uma reunião com o Dr. Leandro e falou: siga como se não houvesse o Corte porque nós vamos dialogar com o [Ministério do] Planejamento para conseguir. Se não resolver, o ministério remaneja”, afirmou.

Cardozo disse ter visto a carta com “surpresa”, já que o assunto já havia sido “equacionado”. “Aí vira uma conversa pública de que vai parar a operação. Isso nunca existiu, vira um factoide que, obviamente, tem por trás as reivindicações que a Associação dos Delegados quer fazer por questão salarial. É evidente”, afirmou.

Ele enfatizou que o corte não prejudica as operações “de maneira nenhuma, em absolutamente nada”. “Eu tenho verbas discricionárias no Ministério da Justiça de R$ 2,8 bilhões […] Claro que vai fazer falta, mas eu não vou deixar parar a Polícia Federal … para isso eu corto de outro lugar”, disse.

Ele reforçou que o que está por trás da carta dos delegados é uma tentativa de discutir aumento salarial e que o assunto deve ser discutido com o Ministério do Planejamento.

Em nota divulgada à noite, a PF esclareceu que o corte no Orçamento foi feito pelo Congresso, já que a proposta original do Planejamento “contemplava os montantes necessários ao desenvolvimento pleno de todas as atividades do órgão”.

Depois, reiterou o compromisso do MJ de repor o orçamento, “para que não ocorra nenhum prejuízo às operações e projetos de melhoria e desenvolvimento da PF”, concluiu.

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