Crise na segurança provoca “racha” nas polícias Civil e Militar

As Polícias Civil e Militar continuam mesmo a não se unirem e nem se entenderem e, parecem, não fazer qualquer esforço para isso nesse momento de crise após episódios que marcam as duas instituições.


 

A prova disso é o “racha” em relação à prisão de Tiago Castro da Gama, 25 anos, o “Jacaré”, feita ontem pela Polícia Militar. Enquanto a PM diz que prendeu por ter certeza que Tiago é o assassino do sargento Afonso Camacho, a PC diz que o cara preso “não tem nada a haver” com o assassinato do militar e, sim foi preso pelo assalto de R$ 100 mil a um empresário, ocorrido há dois meses na Feira da Banana. No Centro.

 

A “queda de braço” entre as duas polícias se acentuou justamente após a morte do sargento Camacho e horas depois com a matança geral de 38 pessoas, a maioria deles envolvidas com o tráfico, que se seguiu horas depois.

 

Desde esses dois episódios gerou-se uma crise institucional, que nem o secretário de Segurança Pública, Sérgio Fontes, fez questão de intervir ou acabar.

Isto foi comprovado quando, ao invés de se unirem e manterem o mesmo discurso, cada um procurou dar sua versão dos fatos. Enquanto o secretário Sérgio Fontes e os policiais falavam em uma atuação de um grupo de extermínio, o comandante da PM, coronel Gilberto Gouvêa, negou a existência de um “esquadrão da morte” dentro da sua corporação.

 

Outro fato que mostrou o distanciamento das duas instituições foi o lançamento de ações distintas visando inibirem a violência e darem mais tranquilidade a população. Enquanto a Polícia Civil lançou a “Operação Pescador”, a PM tratou de lançar a “Operação Presença”.

 

O fato é que, em um momento difícil e de crise, ao invés de unirem forças, as duas polícia querem é mais distância uma da outra.

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