Dentista acusado de matar a ex-mulher deve ir a júri popular

Dentista Milton César Freire da Silva/Foto: Divulgação

O dentista Milton César Freire da Silva, acusado de matar com um tiro na cabeça a sua ex-mulher, a perita Lorena Baptista, na frente do próprio filho menor, sofreu hoje mais uma derrota nos tribunais, aumentando as chances de que o mesmo venha a enfrentar o tribunal do júri ainda nos próximos meses.


No dia 11 de fevereiro de 2014, a juíza Mirza Telma de Oliveira, titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus, julgou improcedente a denúncia formulada pelo Ministério Público e absolveu sumariamente o dentista. Para a Justiça, houve falta de indícios que comprovassem a autoria do crime, isentando o acusado de aplicação de pena.

À época, o procurador-geral Fábio Monteiro, então promotor de Justiça, disse que o MP recorreria da decisão da juíza, pois ela tinha se baseado apenas no laudo do perito contratado pela família do acusado, e o laudo divergia do parecer técnico de peritos do Instituto de Criminalística (IC).

No recurso do Ministério Público, o relator, desembargador João Mauro Bessa, votou pela reforma de sentença de primeiro grau, seguido pela Corte:

Dentista Milton César Freire da Silva/Foto: Divulgação

“Ao exposto, em consonância com o parecer do graduado órgão do Ministério Público, conheço e dou provimento à presente apelação criminal, para reformar a sentença de primeiro grau e pronunciar o apelado Milton César Freire da Silva, submetendo-o à julgamento perante o Tribunal do Júri. É como voto”, diz Bessa nos autos.

Depois de sucessivas derrotas no próprio TJAM e no Superior Tribunal de Justiça (STJ), agora foi a vez do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidir contra a irresignação e pretensões de Milton César, negando seguimento ao Recurso Extraordinário interposto naquela Corte Suprema.

A família de Lorena aguarda um novo julgamento. “Se ele for preso, acho que vai mostrar que houve justiça para minha filha. Do jeito que foi feito parecia que ele tinha matado uma barata. Minha filha era uma pessoa correta, responsável, era professora de universidade”, conta Vanda dos Santos, mãe da perita.

Fonte: OLM

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