Denúncia do Sinterc pode colocar terceirizadas no ‘banco dos réus’ com pagamento de multa

Funcionários da Alimentação, nos hospitais do Estado do Amazonas - foto: divulgação

Empresas terceirizadas, que lidam com a alimentação de Hospitais em Manaus, continuam descumprindo a Lei do Trabalho, deixando de pagar salários por três meses ou mais, além de não pagar horas extras e outros benefícios aos seus trabalhadores.


Essas empresas recebem do governo e não pagam em dias os mais de 400 funcionários do setor de cozinhas das unidades de Saúde do Amazonas.

A denúncia chegou ao Sindicato dos Trabalhadores em Cozinha Industrial do Amazonas (Sinterc-AM), através dos próprios funcionários.

De acordo com o presidente do Sinterc, Valdemi Santos, os trabalhadores das cozinhas dos hospitais Adriano Jorge, Pronto Socorro da Criança – Joãozinho, Getúlio Vargas, Hospital Delphina Rinaldi Abdel Aziz, são os que mais passam necessidades em suas casas por falta de pagamento dos salários.

Trabalhadores reclamam de atraso de pagamento dos salários – foto: divulgação

Reincidentes

Esta não é a primeira vez que empresas terceirizadas deixam de pagar os salários dos seus funcionários por até três meses, mesmo recebendo em dias os repasses do Governo do Estado. Entre as empresas faltosas com seus trabalhadores está a Nutribeni, terceirizada do serviço de alimentação do Hospital Infantil Joãozinho.

Valdemir garantiu que uma das medidas a ser tomada pelo sindicato, mais uma vez, é procurar o Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Superintendência Regional do Trabalho (SRT). “Vamos denunciar essa maldade feita com os trabalhadores da alimentação. Não podemos aceitar que as famílias dos trabalhadores passem necessidade por causa de salários atrasados”, antecipa.

A Superintendente

Sobre a falha das empresas de alimentação, a superintendente do Trabalho, Francinete Lima, disse que em abril deste ano ela chamou uma Audiência Pública para Ajustamento de Conduta com empresas que prestam serviços para o Estado em várias áreas.

Estiveram presentes representantes do Ministério Público do Trabalho (MPT), do Tribunal de Contas do Estado (TCE), do Governo do Estado, que é o tomador de serviços e as empresas. “Houve um comprometimento de todos em regularizar a situação dos funcionários das cozinhas”, informou.

“Ocorre que agora algumas destas empresas deixaram de pagar os salários devidos aos seus funcionários, descumprindo o Ajustamento de Conduta. Voltaram a atrasar salários”, disse a superintendente, acrescentando que isso implica em notificação no MP e multa por descumprimento da Lei e de acordo firmado.

Isso também é válido para as empresas terceirizadas no serviço de alimentação de hospitais do Estado. O último recurso, é a paralisação das cozinhas dos hospitais.

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