Desembargadora faz novo pedido de vistas no julgamento dos Metalúrgicos

Senhoras de idade, crianças e jovens, todos na porta do TRT para protestar em nome da Junta Governativa.

O julgamento do mérito do pedido de afastamento do presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas, Valdemir Santana e mais 80 diretores, na quarta feira (26), no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), Praça 14, teve mais um pedido de vistas.


O segundo pedido de vista do processo, que dessa vez feito pela desembargadora Solange Maria Santiago Morais está sendo acompanhado com naturalidade por diretores do Sindicato, uma vez que, essa é uma decisão de rotina nos tribunais, ocorridas para dar total elucidação às acusações feitas pela junta governativa.

Senhoras de idade, crianças e jovens, todos na porta do TRT para protestar em nome da Junta Governativa.
Senhoras de idade, crianças e jovens, todos na porta do TRT para protestar em nome da Junta Governativa.

A mesma junta que contratou ônibus e pessoas na Comunidade Sharp (Zona Norte) para, segundo ela, “pressionar os desembargadores”, em frente ao TRT da Praça 14. Indignados com a decisão nefasta da junta governativa, diretores seguiram o ônibus até a comunidade, onde aconteceu o despejo dos contratados. Depois fizeram o trabalho de identificação deles. Ver fotos.

o ônibus contratado para levar comunitários ao protesto da junta.
O ônibus contratado pela LG para levar comunitários ao protesto da junta.

Acreditando na justiça, o diretor de comunicação do Sindicato, Sidney Malaquias, garantiu que a preocupação da diretoria, nesse primeiro momento, não é com a volta deles, mas com os trabalhadores que estão com os seus acordos coletivos parados esperando a decisão da Justiça. “Está chegando o final do ano, as empresas estão enviando os acordos coletivos para o sindicato, mas não terão respostas até a decisão final do processo de julgamento”, explicou.

De acordo com Malaquias, a Junta Governativa não tem competência e nem autorização da justiça para resolver assuntos dessa ordem. “A Junta foi colocada lá para gerenciar o Sindicato e não para fazer política sindical, como estão tentando fazer”, resumiu.

Sérgio Mendes (Camisa Azul, no lado esquerdo), comandando os comunitários no pretesto.
Sérgio Nunes (careca de camisa Azul, no lado esquerdo), comandando os comunitários no protesto.

Já o diretor Marcilon Silva de Souza, confirmou que algumas empresas estão se aproveitando da situação com trabalhadores amargando prejuízos diariamente. Essa semana, disse ele, cinco trabalhadores da Universal Fitness foram dispensados da fábrica e a Junta, não tendo o que fazer, parcelou o pagamento dos resíduos salariais dos trabalhadores em 10 vezes e não obrigou a empresa a pagar os 40% de rescisão contratual.

Marcilon indica que a Junta está se perdendo no processo de gerenciamento do Sindicato e, também, causando danos irreparáveis ao trabalhador, quando prejudica o calendário anual dos acordos coletivos. Hoje existem próximo de 500 empresas esperando para realizar as suas assembleias. “A junta não pode fazer as assembleias e a diretoria eleita também não”, resume. Quem perde é o trabalhador, principalmente, porque elegeu essa diretoria em novembro de 2015 para ser representado por ela junto às empresas do do Distrito Industrial.

Artigo anteriorMinistro do STF devolve a PGR acordo de delação de ex-deputado
Próximo artigoDobra a língua Renan

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui