O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, afirmou na tarde desta quarta-feira (26) que o desfile das escolas de samba na Marquês de Sapucaí será privatizado. Segundo ele, o município e o governo do Estado estudam uma parceria para viabilizar o projeto. O anúncio de Crivella foi feito em conjunto com o governador, Wilson Witzel.
“O município não consegue suportar isso. Eu sei que há uma empresa que fez uma proposta para a Liesa, e então o carnaval será privatizado, virá dos recursos privados, já que nós vivemos uma crise muito grande”, afirmou Crivella. Ele ressaltou ainda que não quer que a festa perca seu caráter popular.
“Queremos que o carnaval seja sempre a festa popular que é, e que traga muitos turistas para o Rio de Janeiro”, disse Crivella. “Esse ano nós trabalhamos juntos. O que eu quero é que o carnaval não pare. É um custo pesado para o município, que tem uma dívida galopante para pagar. O que eu penso do Sambódromo e que ele tem que funcionar o ano inteiro. Basta um contrato, um modelo ideal para que isso aconteça”, disse Witzel.

Debate sobre o Sambódromo
Outro debate envolvendo Witzel e Crivella é a gestão do Sambódromo, no Centro do Rio, onde são realizados os desfiles e que pertence à Prefeitura. No sábado de carnaval deste ano, Witzel demonstrou interesse no Sambódromo e disse que pensa em retomar o espaço.
Posteriormente, Crivella afirmou que poderia discutir com o governador a cessão do Sambódromo, mas disse que queria incluir no pacote de negociações a devolução dos três hospitais que foram municipalizados no fim do governo Paes: Rocha Faria, em Campo Grande; Pedro II, em Santa Cruz; e Albert Schweitzer, em Realengo.
Além da manutenção do Sambódromo, a Prefeitura também paga uma subvenção para as escolas de samba. O valor tem diminuído na gestão Crivella – o prefeito já se referiu ao processo como “desmame”, o que gerou críticas das escolas de samba.
A Prefeitura também disponibiliza para os desfiles guardas municipais e equipes da Secretaria Municipal de Saúde, entre outros recursos.
Fonte: G1