
Um estudo da revista Global Change Biology informou que o impacto do desmatamento pode ser quatro vezes maior este ano e que, com a perda da vegetação, pode haver uma redução de até 70% no volume das chuvas. Os dados foram baseados em coletas de clima feitas por dez anos em toda a Amazônia.
De acordo com a cientista Mara Baudena, do Instituto de Ciências da Atmosfera e do Clima do Conselho Nacional de Pesquisas de Turim (CNR-Isac), na Itália, houve uma mudança na forma de estimar o impacto da redução das árvores sobre o regime de chuvas. Isso porque, comumente, usa-se uma comparação linear entre a transpiração das plantas e o volume de precipitação anual para medir o impacto do desmatamento.
As mudanças na umidade do ar, conforme a cientista, representam uma redução de 13%, por e podem significar grandes alterações no volume de chuvas, com redução de 55%. Isso dá aos ambientalistas um resultado de mão dupla: “Embora os efeitos do desmatamento possam estar subestimados, também significa que a restauração florestal pode ser mais eficaz para o aumento da precipitação do que se supunha anteriormente”, escreve a autora na apresentação da pesquisa.