Diretoria e ‘advogado articulado’ da Flextronics atropelam a Lei, Estado e o trabalhador, diz Sindicalista

O Distrito Industrial do Amazonas está cheio de empresas problemáticas, complicadas, mais parecidas com senzalas do século XVIII e, que ainda mantém diretores e gerentes que desconhecem as Leis do Trabalho, que nunca ouviram falar em Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), nem de Sindicatos e muito menos de respeito ao trabalhador.


Esta fábrica, segundo o presidente do Sindicatos dos Metalúrgicos do Amazonas, Valdemir Santana, se chama Flextronics da Amazônia LTDA, uma fabrica de produtos Motorola e que tem uma gerente de Recursos Humanos (RH) e uma diretora de indústria, as duas ajudantes de ordens de um diretor de São Paulo, que faz de tudo para atropelar as Leis, os trabalhadores e o que ficou decidido pela CCT em reunião com a própria empresa.

Valdemir Santana deu prazo para os empresários resolverem o problema da gerente e da diretora – foto: divulgação/Sindimetal

Denúncias do presidente

“A Flextronics está com os transportes de trabalhadores em estado de sítio, alimentação deficiente, sem nutrientes mais parecida com sobras de restaurantes, plano de saúde altamente irregular para os trabalhadores das linhas, mas com privilégios para o pessoal da chefia. E, agora, essas duas (02) figuras se achando, como se pudessem mandar no Sindicato, querendo fazer Assembleia dos Trabalhadores por conta própria e, ainda, praticando assédio contra os sindicalistas de chão de fábrica”, condena o presidente dos Metalúrgicos.

Valdemir garantiu que se a direção da fábrica não respeitar os limites, entre o que foi decidido na CCT e o que as duas senhoras vem praticando, o Sindicato dos Metalúrgicos vai parar a Flextronics e mover um processo contra a gerente e a diretora.

“Estão todos irregulares, naquela fábrica. Tem mais de 500 trabalhadores contratados pelo sistema perverso do emprego temporário. Não podemos permitir que empresas deste tipo continue operando, ela tem que ir embora do Estado do Amazonas, definitivamente”, sentencia.

Denúncia anterior: almoço na Flextrônics chega em sopa dentro de um copo e um pão com manteiga – foto: divulgação/trabalhador

Advogado articulado

O sindicalista anuncia que aceita o desafio de enfrentar “um certo advogado empregado da Flextronics, que se diz articulado”, mas que tem como função única, executar tarefas passadas pela gerente e pela diretora. “Vamos anunciar para essa gente, que vamos paralisar a fábrica, exigir respeito ao Sindicato e, vamos ver se o ‘advogado articulado’ consegue desfazer a ação que o Sindicato vai mover contra eles e a empresa”, desafia.

Além de todos os males praticados contra o trabalhador, Valdemir Santana, enumera que em vez de estarem se preocupando em ‘fazer assembleia dos trabalhadores’, a gerente, a diretora e o ‘advogado articulado’ deveriam era observar a falta de vários itens da CCT, como: área de descanso, a qualidade da alimentação, a falta de creche, a falta de uma ambulância, transportes, plano de saúde e várias outras irregularidades.

As assembléias realizadas pelo trio (diretora, gerente e advogado articulado) não tem nenhuma validade. “O acordo que eles fizeram está irregular. A Convenção é clara quando diz que tem prazo de 15 dias entre o anúncio e a realização da assembléia, além do que, é imoral a troca de feriados por dias de trabalho comum”.

Ministério Público

O próximo passo a ser dado pela direção do Sindicato dos Metalúrgicos, é procurar o Ministério Público do Trabalho (MPT), para pedir uma severa fiscalização na Flextronics. Valdemir também irá informar a real situação da empresa à Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e ao Governo do Estado, que deve investigar sobre benefício fiscal dessa empresa, no que se refere à fabricação (maquiada) dos notebooks.

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