Mesmo após o decreto de proibição por 120 dias de queimas na Amazônia, pesquisadores afirmam que o discurso do presidente Jair Bolsonaro tende a enfraquecer as ações de combate aos crimes ambientais. Para especialistas, as atitudes de Bolsonaro representam apenas ações políticas de quem é contra a preservação da natureza.
De acordo com representantes do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipaam), o decreto dos 120 dias só funcionará se Bolsonaro se mostrar favorável ao texto o que, até agora, não aconteceu. Por ser o líder da nação, ele tem que se mostrar mais enérgico nas ações de combate às queimadas.
No ano passado, o desmatamento na Amazônia atingiu níveis altíssimos. Para este ano, a temporada de queimadas deve ser ainda mais severa.
De janeiro até 16 de julho, o Instituto Nacional de Pesquisas Espacias (Inpe) registrou 16.499 focos de calor na Amazônia Legal, o que representa uma queda de 14% em relação ao mesmo período do ano passado. Por outro lado, só no mês de junho, os 2.248 focos de incêndio identificados representaram um aumento de 19,57% comparado a junho de 2019 (1.800), que foi recorde para o mês desde 2007.