Economistas do Brasil dão prêmio à pobreza avassaladora e queda histórica do PIB na Argentina de Milei

Milei o "Economista do Ano", segundo a Ordem dos Economistas do Brasil - foto: recorte/arquivo

Inacreditável: queda histórica do PIB, aumento da pobreza, inflação de 2% ao mês, ainda assim Javier Milei recebe prêmio de “economista do ano” da Ordem dos Economistas do Brasil


A Ordem dos Economistas do Brasil (OEB) concedeu ao presidente argentino, Javier Milei, o título de “Economista do Ano“.

A premiação, anunciada em Buenos Aires nesta terça-feira (25), ocorre em um momento em que a Argentina enfrenta uma recessão de 1,8% do PIB e um aumento alarmante da pobreza multidimensional, que saiu de 39% para 41%. A insegurança alimentar no país saiu de 24,7% da população para 28,3% em apenas um ano.

A OEB justificou a escolha destacando as “políticas monetárias e regulatórias” de Milei, que, segundo a entidade, estão conduzindo o país a uma “estabilização econômica”.

No entanto, os números contam uma história diferente: a queda da inflação de 289% para 84% em 12 meses foi impulsionada por uma retração drástica da atividade econômica, que deixou milhões de argentinos sem emprego e renda.

Conselho Regional de Economia critica premiação
O Conselho Regional de Economia de São Paulo (Corecon-SP) não poupou críticas ao prêmio. Em nota, a entidade destacou que a OEB não representa os economistas brasileiros, já que é uma organização civil com poucos associados e sem reconhecimento legal. Além disso, lembrou que o presidente da OEB, Manuel Enriquez Garcia, teve seu registro de economista suspenso por questões éticas, após denúncias de irregularidades em sua gestão no Corecon-SP.

Enquanto a OEB celebra Milei, os argentinos enfrentam o aumento dos custos de serviços essenciais, como transporte, energia e comunicação, o que compromete ainda mais o poder de compra das famílias.

A queda recente da pobreza para 38% no terceiro trimestre de 2024, segundo o Observatório da Dívida Social da Argentina, deve ser vista com cautela, já que reflete mais a estagnação econômica do que uma melhora real nas condições de vida da população do país.

Revista Fórum

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