Em noite histórica, North Lions conquista o título do XI Amazonense do Futebol Americano

Os leões disparam para o touchdow/Foto: Mauro Neto

A Arena da Amazônia foi mais uma vez palco de um dia histórico, na noite e ontem (22), ao receber, pela primeira vez, a final do XI Amazonense de Futebol Americano, o Manaus Bowl, vencida pelo North Lions, que venceu o Manaus Broncos por 17 a 14, diante de 8.515 pessoas.
Com o resultado, a equipe conquista o título inédito da competição, num evento que foi considerado o quarto melhor do ano, em relação a público e estrutura, a nível nacional.


Para o titular da Sejel, Fabricio Lima, a modalidade mostrou sua força e o público surpreendeu, ao comparecer no último evento em campo do Estádio. “Foi uma bonita festa do Futebol Americano e o número de pessoas que vieram prestigiar surpreendeu até o mais positivo organizador, pois foi um dia de semana, em que as pessoas estão mobilizadas para o Natal e mesmo assim centenas participaram deste momento. O Manaus Bowl, com toda certeza, fecha o ano assegurando ainda mais a característica multiuso da Arena da Amazônia e não tenho dúvidas que a parceria vai continuar, pois temos todo o interesse do mundo em fazer este esporte crescer”, destacou Lima.

Os leões(preto) disparam para o touchdow/Foto: Mauro Neto

Ainda segundo o Secretário, após reunião na manhã desta sexta-feira, dia 23, com o engenheiro da GreenLeaf (empresa de gramados esportivos), Ricardo Silva, é possível dizer que o gramado da Arena da Amazônia passou no teste. A atenção, agora, será voltada para a demarcação, uma vez que o FA se adapta as delimitações do futebol de ‘bola redonda’, mas isto não acontece com o futebol de ‘bola oval’.

“Hoje eu conversei com o Ricardo, responsável pelo gramado, e ele deu um parecer em relação ao terreno. A avaliação foi positiva, pois o impacto sofrido é um pouco mais do que uma rodada dupla de um jogo de futebol. O que vai pedir um tempo maior para restabelecer o palco é a demarcação, que demora média de 20 dias para sumir. Sendo assim, o que vamos fazer agora é trabalhar para montar um calendário para que nem os jogos do Amazonense de Futebol e nem a captações das partidas de clubes de fora possam ser prejudicadas e alinhar essa demanda com o FA, que poderá sim realizar uma próxima final de temporada no Estádio”, disse Lima, ao citar que a Colina e o Zamith também poderão servir para os jogos considerados mais importantes.

Avaliação do engenheiro

De acordo com o engenheiro Ricardo Silva, a partir desta sexta, será dado início a atividade de revitalização do campo, algo já previsto no calendário, após os quase cinquenta jogos que a Arena recebeu em 2016. “O que vai acontecer a partir de agora é o processo de revitalização, que não vai se dar devido ao Futebol Americano, mas sim por toda a temporada e um trabalho que foi programado com antecedência.  Realmente, o maior impacto do FA é a demarcação”, destacou ele.

Ricardo ainda listou que o trabalho de regeneração do campo envolve a altura do corte, que passe de 20 milímetros para oito milímetros, corte na vertical para tirar o excesso de matéria orgânica, top dressing para cobrir o campo com areia, o que vai permitir a correção das imperfeições de nivelamento; aeração (máquina que permite a melhora da troca gasosa do campo e o desenvolvimento radicular) e o programa de fertilidade, que envolve a adubação com fertilizantes sólidos e líquidos

…e a festa pela conquista inédita na Arena/Foto: Mauro Neto

O jogo – Resumo

No jogo, de um modo geral, prevaleceu a paciência.  O primeiro touchdown da partida abriu o placar em 6 a 0 para o Broncos, com o wide receiver Vaz. No segundo quarto, em jogada na linha de 10 jardas, Cadu recebeu passe de Binho para marcar o TD. Com o extra points convertido, os Lions passaram na frente do placar fazendo 7 a 6.

Aproveitando o nervosismo e as falhas do Manaus Broncos, os Lions conseguiram manter a vantagem de 10 a 6 até a metade do terceiro período, quando o Broncos virou a partida com um touchdow de 12 a 10. Ainda na jogada normal, sem conseguir converter, o Broncos chegou a realizar um safety de dois pontos, chegando aos 14 a 10.

No quarto período, o North Lions manteve a calma. Jogando contra a euforia da torcida do Broncos e as falhas constantes do ataque do time laranja, os “Leões do Norte” souberam administrar a partida e marcaram o touchdow do título histórico para o clube, fechando em 17 a 14.

Com o título inédito para a conta, o presidente do North Lions, Lucas Alencar, estava bastante emocionado com a conquista e destacou a importância do camisa 12, o Strong Safety Júnior Menezes. “Isso aqui é realmente um sonho, nosso primeiro título, surreal poder jogar aqui. A defesa deles me surpreendeu muito, pois a gente não esperava eles tão alinhados e fiquei muito preocupado por alguns momentos, mas graças a Deus deu tudo certo. O Júnior Menezes, para mim, foi o nome do jogo, ajudou muito nesta conquista”, destacou o jovem, que além de campeão do Manaus Bowl, também virou o mais novo noivo do ‘pedaço’. Isso porque, após ganhar o título, pediu a namorada, Manoela Figueiredo, em casamento, no meio do campo da Arena da Amazônia.

Mesmo sem o título, o presidente Manaus Broncos, Renner Silva, disse que tem muito a comemorar. “O Manaus Bowl foi considerado o quarto melhor do ano em relação a público e o de melhor estrutura a nível nacional. Ou seja, mesmo sem o título, sabemos que ganhamos hoje algo ainda maior, que foi o respeito das pessoas, a democratização do esporte e a disseminação do FA. Só tenho a agradecer o secretário Fabricio Lima e não vamos parar por aqui. Temos muito a crescer”, disse.

Estreando na Arena

Entre as quase nove mil pessoas na Arena da Amazônia, um trio estava eufórico com a primeira vez na Arena da Amazônia e, de quebra, conferindo o esporte preferido. O casal Vanessa Costa e Glaucon Chamy, além da amiga Isiz Cruz, esperam inclusive conferir outras decisões do FA no Estádio.

“Achei maravilhosa a decisão aqui. Ainda não tinha vindo na Arena e não haveria melhor maneira de estrear. Tento todos os dias aprender mais um pouco sobre o Futebol Americano e o Glaucon me dá aulas”, disse Vanessa, ao falar sobre o namorado, que é jogador do Black Hawks. O jovem de 30 anos estava emocionado ‘duplamente’, pois além de poder ver a final, ele conta que em 2009 teve a oportunidade de atuar no Vivaldão, pelo Black.

Na época, em 12 de dezembro de 2009, o Black conquistou seu primeiro títuloapós vencer o Cavs. “Eu joguei na decisão do Vivaldão e voltar aqui hoje me traz emoção e muita felicidade. Passa um filme na cabeça, pois é o mesmo local, o que muda é o construção da Arena. Mas, independe de estar ou não na final, eu não poderia deixar de vir prestigiar, torcer e ficar feliz com mais este capítulo incrível na história do esporte”, destacou.

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