Embargos às obras da BR-319 são discutidos na FIEAM, em Manaus

Moysés Israel com Nelson Azevedo e o vice-governador de Rondônia Daniel Pereira/Foto: Divulgação

Os embargos às obras da BR-319 e o que isso reflete no Polo Industrial de Manaus (PIM) foram discutidos em reunião dos vice-presidentes da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), Moysés Israel e Nelson Azevedo, com o vice-governador de Rondônia, Daniel Pereira, nesta quarta-feira (28), na sede da entidade. Pereira, junto com outros políticos e empresários de Rondônia, saiu em caravana de Porto Velho (RO), na segunda (26), e chegou na terça-feira a Manaus, depois de percorrer 900 km da rodovia. A iniciativa, também, teve a participação de políticos e empresários do Amazonas, dentre eles o assessor econômico da diretoria da FIEAM, Gilmar Freitas.
Moysés Israel lembrou que há 43 anos a FIEAM luta pela efetiva pavimentação da BR-319, rodovia federal que liga o Amazonas a Rondônia. “Temos cartas que registram o nosso apoio à conclusão da BR-319. Em 1972 respondi o pedido do diretor do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-AM), engenheiro Orlando de Holanda, quando contribuímos com a doação de areia para a construção e manutenção da rodovia”, recorda o primeiro vice-presidente da FIEAM, destacando que toda a Região Norte perde com a falta de interesse do Governo Federal em tornar trafegável a estrada que poderia ser bem utilizada pela indústria e agroindústria no abastecimento do mercado consumidor brasileiro, bem como no atendimento aos países vizinhos, como Bolívia, Peru e Chile.


Nelson Azevedo ressalta que o Brasil deve olhar mais para a Região Norte e apostar no potencial do mercado sul-americano seja para exportar a produção do PIM, seja para importação de commodities agroalimentares. “A BR-319 é estratégica para a indústria local, pois em curto tempo poderíamos trazer insumos e abrir mercados consumidores para produtos do PIM. Mas a rodovia vai além dos interesses industriais, sabendo que com a revitalização da estrada o tempo de viagem será de menos de 12h, o que possibilitaria maior fluxo de turista para nossa cidade e vice-versa”, disse Azevedo.

O vice-governador de Rondônia disse que não há impactos ambientais que justifiquem o embargo à construção da rodovia e que o mais coerente a se fazer é a união de todos para que os constantes empecilhos sejam derrubados e que a pavimentação da BR-319 venha ser efetivada. Pereira lançou a proposta de que os parlamentares e empresários do Amazonas façam a mobilização de uma nova caravana, agora saindo de Manaus com destino a Porto Velho, e que nesta nova iniciativa sejam convidados o Ministério Público Federal e o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) para que as dúvidas sobre impactos ambientais sejam sanadas no trajeto entre as duas capitais.

Os vice-presidentes da FIEAM, Israel e Azevedo, confirmaram o apoio à mobilização da indústria para fortalecer a posição quanto à importância da BR-319 para a melhoria da logística e das oportunidades que essa estrada pode gerar para o Amazonas e Rondônia.

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