Escolarização de adultos e pessoas idosas é tema de workshop

Foto: Divulgação/Semed

Alunos e professores do Programa Municipal de Escolarização do Adulto e da Pessoa Idosa (Promeapi), coordenado pela Secretaria Municipal de Educação (Semed), participaram do 3º Workshop do programa, realizado na Divisão de Desenvolvimento Profissional do Magistério (DDPM), no bairro Adrianópolis, zona Centro-Sul, nesta terça-feira, 15/8. O evento teve como objetivo proporcionar a troca de experiências das práticas realizadas em cada um dos polos em que o Promeapi atua. Mais de 300 pessoas participaram do encontro, entre educadores e estudantes do programa que atende adultos dos 35 até os 99 anos.


Durante a atividade, os grupos ‘Renovação da Instituição CRAS’, do bairro Compensa 2 e ‘Sempre Amigos em Ritmo da Instituição’, do  Centro Social e Cultural do Lago do Aleixo (CSELA), realizaram apresentações artísticas de danças regionais.

Nos stands, que estavam dispostos por toda a DDPM, as práticas pedagógicas realizadas em cada polo estavam sendo apresentadas com temáticas variadas como ciências, atividade física, alimentação saudável, entre outras. Também foi possível saborear comidas regionais e praticar atividades físicas durante o evento.

Foto: Divulgação/Semed

A coordenadora do projeto, professora Clélia Maia, destacou que o workshop é realizado uma vez por ano, com o objetivo de aprender cada vez mais. Clélia também aproveitou para informar o que o aluno precisa fazer para se inscrever no programa. “O Promeapi funciona em parceria com as associações, igrejas, entre outras entidades e os interessados podem nos procurar na Semed, onde buscaremos  instituições à disposição, de acordo com o endereço do aluno, e faremos a matrícula”, explicou.

Os benefícios aos quais os cidadãos têm acesso vão muito além de aprender a ler e escrever. É o que garante o gerente da Educação de Jovens e Adultos (Geja), Weider Bindá. Ele salientou a importância de não desistir dos estudos em qualquer fase da vida e garantir os próprios direitos.

O projeto prevê uma mudança na vida social dessa pessoa. Os resultados não são apenas aprender a ler, escrever e contar. Muda a atitude desse cidadão na cidade, o que colabora para melhorar a presença dele na cidade como um todo. Aparentemente, os resultados são pequenos, mas se a gente for ver ao final, traz até saúde física para eles, porque mentalmente se sentem mais ativos”, pontuou.

Foto: Divulgação/Semed

Continuidade

A subsecretária de Gestão Escolar, Euzeni Trajano, lembrou aos estudantes que eles também, com o conhecimento prévio, têm o poder de transformar a educação. “A aprendizagem é contínua ao longo da vida para todos e todas as pessoas. Vocês estão mostrando que podem ainda, muito mais, além de aprender a ler e escrever com todos esses trabalhos que estão aqui expostos”, observou.

Perto de completar 73 anos, Maria da Conceição Valois, declarou que o primeiro contato dela com a leitura foi aos 17 anos, em uma escola que ficava em um flutuante. Depois disso, ela só voltou a estudar no Promeapi. “É uma experiência muito boa. Eu frequento a igreja São Francisco de Assis que também tem o programa de terceira idade, onde eu também vou para dançar, eu adoro dançar”, completou Maria da Conceição.

Promeapi

O Promeapi existe desde 1999 e atende uma população de 35 aos 99 anos, funciona nos três turnos (matutino, vespertino e noturno) com turmas multisseriadas, nas quais os alunos estudam por até três anos e concluem o Ensino Fundamental Anos Iniciais.

Seu diferencial consiste em levar educação em espaços não formais nas Instituições públicas e privadas, por meio de parcerias estabelecidas entre a Semed e instituições como igrejas, Centros de Convivência do Idoso, fundações, entre outros.

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