Estiagem no Amazonas, deixa cidades em situação de alerta e emergência

O drama de Presidente Figueiredo/Foto: Nathalie Brasil

As altas temperaturas e a escassez da chuva, nas regiões Norte e Nordeste do Estado, já estão causando danos em municípios amazonenses. A estiagem no município de Presidente Figueiredo, a 117 quilômetros de Manaus, já deixa o município em situação de emergência, e outras três cidades em situação de alerta, de acordo com as informações divulgadas ontem (11), durante uma coletiva de imprensa, da Defesa Civil do Amazonas.
O secretário executivo do órgão, Fernando Pires Júnior, confirmou que o município de Presidente Figueiredo está em situação de emergência por conta da estiagem. Além disso, também há possibilidade de decretar situação de emergência devido as queimadas. Um aporte de aproximadamente R$ 100 mil foi liberado pelo governo ao município, para ajudar a população com água potável.


“O município de Presidente Figueiredo está sofrendo com uma ação atípica. Os mananciais de água doce estão com a normalidade abaixo, e as comunidades vizinhas sofrem com o isolamento. Entretanto, não apontamos problemas com o abastecimento de alimentos, porém, à água potável já está escassa e vem sendo distribuídas por meio de carros pipas”, declarou o secretário Fernando Pires Júnior.

Os municípios que compõe o Alto Rio Negro sofrem com o problema: Santa Isabel do Rio Negro, onde falta 57 centímetros para atingir a cota mínima histórica de 28 centímetros, fato registrado no dia 13 de março de 1980. Já São Gabriel da Cachoeira, falta 65 centímetros para alcançar a menor vazante de 3,3 centímetros, registrado no dia 7 de fevereiro de 1992. Barcelos, a cota mínima de 58 centímetros falta 64 centímetros. O fato histórico foi registrado no dia 18 de março de 1980.

O secretário Fernando Pires Júnior, enfatizou ainda que Barcelos (a 399 quilômetros de Manaus) está em situação de emergência por contas das queimadas. No mês de janeiro, 375 focos de incêndio foram apontados, em comparação ao ano passado quando teve apensas seis registros.

Conforme o secretário executivo da Defesa Civil do Amazonas, o Norte do Estado, na Calha do Rio Negro é o mais preocupante. A quantidade de água está abaixo nos últimos tempos, sendo que o período do mês é típico de estiagem.

“Para nós o problema não é novidade, vamos usar o histórico da Defesa Civil do Estado, o qual atendeu todos desastres nos últimos anos”, explicou Fernando Pires Júnior.

Uma reunião com gestores da Defesa Civil dos 62 municípios está prevista para a semana que vem, onde planos serão tratados para a prevenção de desastres naturais nas comunidades.

A estiagem

De acordo com o prognóstico do Centro de Monitoramento Climático e Ambiental da Defesa Civil do Amazonas, a Bacia do Rio Negro – as estações estão sendo monitoradas em processo de enchente com instabilidade. No Alto Rio Negro, as chuvas estão abaixo da normalidade de acordo com o período. A Bacia do Juruá apresenta níveis normais. Na Bacia do Purus e Bacia do Amazonas, os níveis estão baixos para o período. Na Bacia do Solimões, os níveis atípicos estão em período de enchente. Já a Bacia do Madeira, elevação contínua do nível do rio, porém com níveis baixos para o período.

Cel. Fernando Jr., da Defesa Civil, em coletiva/Foto: Nathalie Brasil
Cel. Fernando Jr., da Defesa Civil, em coletiva/Foto: Nathalie Brasil
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