Estranha maneira de lançar candidatura a vereador em Manaus

A greve era dos metalúrgicos, o atraso de pagamento era dos trabalhadores do Erin Estaleiros Rio Negro, que está sob o jugo da Convenção Coletiva de Trabalho do Sindicato dos Metalúrgicos, mas quem se doeu, foi o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, Cícero Custódio, (vulgo Sassa).


O resultado da intromissão, foi um grande tumulto, confusão generalizada na porta do estaleiro com a Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam), da Polícia Militar do Amazonas prendendo 20 pessoas, atirando balas de borracha, gás lacrimogênio nos trabalhadores e transeuntes. Esse episódio aconteceu dia (11), na porta do estaleiro, na rua T4, bairro Compensa, Zona Oeste e, em seguida, dominando as páginas de portais e redes sociais.

Sassa inclusive, como é de sua prática, quis fechar a Ponte sobre o Rio Negro, numa iniciativa isolada que só tem chamado a violência policial para cima da categoria. Isso justificaria a sua “hipotética luta” que vem travando para calçar a já anunciada candidatura a vereador de Manaus, nessas eleições de 2016.

Na contramão das decisões do presidente do Sindicato dos Metalúrgicos e da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Valdemir Santana, que faz greve dentro da fábrica, dentro do estaleiro, que dá ordem para não revidar provocações, o Sassa busca o confronto, o fechamento das avenidas, das vias públicas e sempre em horário de muito movimento.

Quando as pessoas estão indo ou voltando do trabalho, indo à escola, às atividades que necessitam de horário de chegada, é nesse horário que o Cícero Custódio gosta de fazer greve. Ele sempre vem usando os trabalhadores da Construção Civil nas suas iniciativas torpe. Um sindicalista que não tem o controle da sua própria categoria, mas que tenta convencer a outra de que ele é de luta.

Essa é uma estranha e desastrada maneira de ficar conhecido, mas aos olhos da população, o que poderia ser um movimento de reivindicação de salários, mais parece uma ação de baderneiros e vândalos. A tentativa de fechar o acesso à ponte, que liga Manaus aos municípios de Iranduba e Manacapuru, foi frustrada

Metalúrgicos

Os metalúrgicos que trabalham no Erin Estaleiro vem lutando desde novembro de 2015 por atraso em seus salários. Enquanto o Sassa estava empenhado em fechar a Ponte, o presidente dos Metalúrgicos e diretores do Sindicato negociavam com os donos do Estaleiro, dentro do escritório, para chegar a um acordo entre as partes.

Valdemir Santana, Edvaldo e diretores do Erin, negociando atrasos de salários.
Na mesa de negociação, Valdemir Santana, Edvaldo e diretores do Erin, negociando atrasos de salários.

Resultado: os metalúrgicos conseguiram licença remunerada para todos os trabalhadores até a próxima segunda feira (18), parte do pagamento atrasado sai nessa sexta feira (15), pagamento de uma cesta básica de R$ 100,00 para todos os trabalhadores alimentarem suas famílias até que eles recebam todos os salários atrasados.

Trabalhadores conversando com o presidente do Sindicato, dentro da empresa.
Trabalhadores conversando com o presidente do Sindicato, dentro da empresa.

De acordo com Valdemir Santana, se a empresa não cumprir o acordo até a próxima terça feira, o Sindicato vai entrar com uma ação de justa causa contra a Erin. “Não vamos usar de violência. Violência não resolve nada. O que resolve é sentar para negociar com os empresários do setor e a Justiça”. Por outro lado, Santana diz que não é candidato a vereador e nem a prefeito. “Estou preocupado é com os trabalhadores”, finaliza.

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1 COMENTÁRIO

  1. Sassá é diretor da CUT, à qual o SindMetal é filiado. não há nada de estranho nisso. Estranho é este SITE se manter ao lado dos errados, fazendo de conta que não vê a verdade. Erin, Melo, Artur… Os Dantas cairam heim

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