
De acordo com Maria Christina, familiares do advogado Frederick Wassef e um corretor de imóveis faziam o papel de laranjas no esquema
Ex-esposa do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, Maria Christina Mendes Caldeira denunciou a participação do advogado Frederick Wassef e de Jair Bolsonaro (PL) na aquisição de imóveis, com irregularidades jurídicas, nos Estados Unidos.
Em dezembro de 2022, ela concedeu uma à TV Democracia e que ganhou repercussão em redes sociais nos últimos dias.
De acordo com Maria Christina, Cristina Boner (a ex-esposa de Frederick Wassef), suas filhas e um corretor de imóveis em solo norte-americano serviriam de laranjas para a família Bolsonaro. “Existe uma investigação sobre imóveis aqui em Miami sonegados.
Em 2017, começou uma operação na época da Lava-Jato de pesquisa de quem tinha imóveis aqui e não declarou. Essa pesquisa no Brasil foi enterrada, e aqui seguiu”, disse.
“Isso vai vir à tona. São imóveis de um monte de gente que não declara no Brasil o imóvel, ou seja, é sonegado. Essa operação foi enterrada e aqui ela andou. Dentro desta operação, estão 30 e poucos imóveis da família Bolsonaro via dois laranjas. Os laranjas são a família do Wassef, que é a Cristina Bonner e as filhas, e o corretor de imóveis [inaudível]”, complementou.
A justiça dos Estados Unidos já identificou 23 imóveis comprados pelos Bolsonaros em Miami, NY e Aspem. As compras feitas em nome da esposa e filha do advogado Frederick Wassef e um corretor nos EUA. São criminosos internacionais e devem ser julgados, lá e aqui no Brasil. pic.twitter.com/M9dtX7fCNG
— Lyly (@Lylythyy) December 23, 2022
A repercussão da entrevista nos últimos dias aconteceu em um contexto de investigações sobre outro esquema – de venda ilegal de joias. A Polícia Federal no Brasil vai pedir ao FBI informação sobre uma joalheira da Pensilvânia (EUA), para investigar a recompra do relógio da marca Rolex, avaliado em R$ 300 mil, feita por Wassef, advogado de Bolsonaro (PL).
A PF terá o auxílio do FBI – Federal Bureau of Investigation, ou Departamento Federal de Investigação norte-americano. Por lei, presentes dados por governos de outros países devem ser incorporados ao Estado brasileiro, e não podem ser incorporados a patrimônio pessoal.
Investigadores identificaram no rascunho do celular do general Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, uma mensagem tendo como destinatário uma pessoa chamada Chase Leonard, um nome que também está no recibo do Rolex recomprado por Wassef. A expectativa é que o militar admita a participação em crimes no caso das joias e deve citar o ex-ocupante do Planalto.
Canal Cortes 247