Ex-vice-governador vai ao diretório nacional do PT para tentar reverter impugnação de filiação

Defensor Público, Carlos Almeida e a presidente do PT-Nacional, Gleisi Hoffmann - foto: divulgação

O defensor público e ex-vice governador Carlos Almeida classificou a ação da direção estadual do PT-AM como “desesperada”. No fim da tarde desta quinta-feira (22/11), o grupo votou um pedido de impugnação da filiação do político ao Partido dos Trabalhadores.


Calos adianta que vai esperar com “tranquilidade” ser notificado pelo partido para levar o caso à direção nacional da legenda. Ele deve se encontrar com a presidente nacional da legenda, Gleisi Hoffmann, logo após ser notificado da decisão.

Segundo Carlos Almeida, o presidente estadual do partido, Sinésio Campos, precisaria de 10 votos para impugnar a filiação e não 8 como ocorreu.

Carlos alega que não estava presente na sessão, o que também pode ser considerado uma irregularidade. A votação entre os dirigentes somou 8 votos a favor da impgnação, 02 votos contra e 02 abstenções.

“Isso só mostra a coisa: desespero. E outra, isso é um método lavajatista, à lá Deltan Dallagnol e Sérgio Moro com seus PowerPoint. Isso não faz parte das ações do partido do Lula”, afirma o ex-vice-governador.

Fechando as portas

Notas de bastidores dão conta de que Sinésio Campos tenta impugnar a filiação de Carlos Almeida por temer a entrada de novas lideranças no partido.

Fechando as portas do PT Estadual para nomes com alta capilaridade política, sua liderança, hoje bastante questionada por posições tomadas mais à direita e a defesa da extração mineral em terras indígenas, estaria comprometida em definitivo.

Método questionável

O pedido de impugnação que chegou à direção estadual ocorre após uma decisão à favor de Carlos Almeida, pela queda do pedido de impugnação inicial contra ele. O defensor público explica que o recurso que foi deferido pela Estadual questiona os métodos da primeira decisão, mas não necessariamente poderia impugnar sua filiação do partido.

“Foram dois erros: primeiro, para Sinésio me impugnar ele precisaria de 10 votos. Eu teria que estar lá, ninguém pode decidir isso, sem a parte está presente, onde já se viu isso? Segundo, o Ruan justifica a minha impugnação por eu já ter tido e ter alinhamento com o Wilson Lima, por eu já ter tido e ainda ter alinhamento com o Bolsonaro.  Eu que rompi com o governador justamente por não concordar com o governo dele e ter denunciado a política de rebanho na pandemia de covid-19”, declara.

Carlos Almeida reitera, ainda, que se a justificava da impugnação é o passado de alinhamento com Wilson Lima, o presidente da legenda no Amazonas (Sinésio) também deve ser impugnado.

“Se o motivo da minha impugnação é o alinhamento com Wilson Lima, então o presidente do partido deveria se auto-impugnar da legenda devido o alinhamento com o governador. Ele deveria se auto-excluir do partido devido o alinhamento que tem hoje”, defendeu.

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