Fla, Vasco, Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Santos em busca de finais

A rivalidade de Flamengo e Vasco, no Maracanã/Foto: Divulação
A rivalidade de Flamengo e Vasco, no Maracanã/Foto: Divulação
A rivalidade de Flamengo e Vasco, no Maracanã/Foto: Divulação

Agora, é para valer. O interminável duelo entre Flamengo e Vasco no Campeonato Carioca terá hoje (19), às 15h00 (de Manaus), no Maracanã, o seu capítulo final, pelo menos, dentro de campo.
A partir de segunda, o choro de lamentação ou as gozações pela vitória naturalmente farão parte do cotidiano do torcedor. O que ficará para história, porém, é o resultado de um duelo que voltou a ser “campeonato à parte” com o retorno de Eurico Miranda a São Januário e chega ao seu derradeiro quarto capítulo em 2015 cheio de ingredientes. O Rubro-Negro, por ter tido melhor campanha na primeira fase, joga pelo empate para chegar à decisão, depois do 0 a 0 no primeiro jogo. O vencedor decide o título estadual com o Botafogo, que venceu o Fluminense nesse sábado nos pênaltis (9 x 8).


Intensidade pode ser a palavra que melhor define a rivalidade entre Flamengo e Vasco neste Carioca – sem contar o primeiro encontro do ano, em torneio amistoso, em Manaus. As divergências evidentes no bastidores com as posições contrárias em relação à Ferj ficaram ainda mais acirradas após o temporal que colocou em risco a continuidade da partida da Taça Guanabara. No fim, vitória rubro-negra no grito e em campo por 2 a 1, com direito a briga generalizada e expulsões.

A semifinal de domingo passado não ficou para trás no quesito polêmica. O empate sem gols foi marcado por pouco futebol, muitas jogadas ríspidas, erros de arbitragem e discussão. Muita discussão. O clima hostil dos 90 minutos se prolongou pela semana, com jogo de palavras de dirigentes através de notas oficiais e entrevistas coletivas. Junte tudo isso ao gol irregular de Márcio Araújo, na decisão do Carioca do ano passado, e terá um clássico com um resultado definitivo após os 90 minutos e história para contar por muito tempo.

Sem perder para o rival há 11 partidas, o Flamengo pode carimbar a vaga na decisão com um recorde. Podendo empatar para avançar, alcançará a maior invencibilidade sobre os vascaínos de sua história, quebrando marcas das décadas de 40 e 70. Para isso, Vanderlei Luxemburgo terá a volta de Everton ao lado de Alecsandro e Marcelo Cirino no ataque e força máxima do meio para trás. Paulinho, com recorrentes problemas na coxa, é o único problema.

Já o Vasco precisa da vitória para chegar na decisão. Como já virou rotina em semana de jogo com o Flamengo, os principais treinos foram fechados. A equipe, no entanto, não deve ter grandes mudanças. A principal expectativa é pela escalação de Dagoberto como titular. Recuperado de uma contusão óssea no pé esquerdo, o atacante fez um trabalho especial durante a semana para melhorar o condicionamento físico.

Rodrigo Nunes de Sá apita o jogo, auxiliado por Rodrigo Figueiredo Henrique Corrêa e Rodrigo Pereira Joia.

As equipes

Flamengo: Vanderlei Luxemburgo fechou a atividade de sexta-feira e fez mistério em relação ao time que encara o Vasco. Porém, vai optar por um time ofensivo, mesmo precisando apenas do empate. A equipe irá a campo com Paulo Victor, Pará, Bressan, Wallace e Anderson Pico; Jonas, Márcio Araújo e Gabriel; Everton, Alecsandro e Marcelo Cirino.

Vasco: Doriva repetiu a tática do mistério já usual antes de jogos contra o Flamengo. Apesar dos treinos fechados, a equipe não deve ter grandes mudanças para a segunda partida da semifinal. A principal novidade pode ser o retorno de Dagoberto ao time titular. O Vasco deve ir a campo com Martin Silva, Madson, Luan, Rodrigo e Christiano; Serginho, Guiñazu, Julio dos Santos e Marcinho; Dagoberto (Yago) e Gilberto.

Corinthians e Palmeiras jogo do ‘tabu’

Valdívia e Love,  velocidade no clássico/Foto: Divulgação
Valdívia e Love, velocidade no clássico/Foto: Divulgação

A rivalidade entre Corinthians e Palmeiras superou a história, os números e a qualidade técnica de seus jogadores. Mas, no Dérbi de hoje (19), às 15h00 (horário de Manaus), na arena alvinegra, que vale vaga na final do Paulistão, a condição física ganha destaque especial. Se Tite reclama do pouco tempo que teve para recuperar seus titulares, Oswaldo de Oliveira passou a semana à espera do duelo. Quem vencer, avança à final contra Santos ou São Paulo. Em caso de empate, a decisão será nos pênaltis.

Dono da melhor campanha da primeira fase, o Corinthians sofreu para eliminar a Ponte Preta, na quartas, e chega para o duelo após empatar sem gols com o San Lorenzo, resultado que o classificou para as oitavas da Libertadores. O Timão montou uma minuciosa estratégia para recuperar os atletas e colocar em campo o que tem de melhor. Chance para Vagner Love reagir após atuações ruins justamente contra o ex-clube.

O Palmeiras também suou para eliminar o Botafogo, mas, pelo menos, não pode reclamar do cansaço depois de passar a semana apenas treinando. Os trabalhos, aliás, serviram para Valdivia recuperar a vaga na equipe e fazer a torcida sonhar com a quebra de tabu de nove clássicos sem vencer o maior rival – o último foi em 2011. Depois disso, cinco vitórias alvinegras e quatro empates.

Thiago Duarte Peixoto apita a partida e tem Emerson Augusto de Carvalho e Alex Ang Ribeiro como assistentes.

As equipes

Corinthians: o técnico Tite fechou a maior parte do último treino, no sábado, e fez mistério sobre a escalação. Conseguiu descansar os jogadores e relacionou força máxima para o clássico. A principal dúvida é no ataque, mas a expectativa é de que Vagner Love seja titular, mesmo após uma atuação abaixo do esperado contra o San Lorenzo. Mendoza deve ficar com a vaga de Emerson. A provável escalação do Timão é: Cássio; Fagner, Felipe, Gil e Uendel; Ralf; Elias, Jadson, Renato Augusto e Mendoza (Malcom); Vagner Love (Danilo).

Palmeiras: o técnico Oswaldo de Oliveira mudou um pouco a escalação em relação à base utilizada ao longo do Campeonato Paulista. Com Tobio vetado pelo departamento médico e Vitor Hugo suspenso pelo terceiro cartão amarelo, Victor Ramos e Jackson serão os titulares.  O Verdão começa o Dérbi da seguinte maneira: Fernando Prass; Lucas, Victor Ramos, Jackson e Zé Roberto; Gabriel e Arouca; Robinho, Valdivia (Cristaldo) e Dudu; Rafael Marques.

Santos e São Paulo lutam por vaga na final

A artilharia da dupla Ricardo e Pato, na Vila/Foto: Divulgação
A artilharia da dupla Ricardo e Pato, na Vila/Foto: Divulgação

De um lado um time jovem, em reconstrução, que tem uma grande estrela e vários bons coadjuvantes. Do outro, uma equipe que era apontada favorita, mas ainda busca o rumo, apesar de ter o elenco repleto de astros. O Santos, de Robinho, e o São Paulo, de Rogério Ceni, têm em comum o forte ataque. É com esperança de jogo aberto que os rivais se encontram neste domingo, às 17h30 (Manaus), na Vila Belmiro, pela semifinal do Paulistão.

Na tabela de classificação, o time da Baixada tem dois pontos a mais (37 a 35), mas fez um gol a menos (32, contra 33 do rival). Na lista dos artilheiros, Ricardo Oliveira é o segundo colocado, com nove gols, seguido pelo são-paulino Alexandre Pato, que balançou as redes adversárias em oito ocasiões.

Os dois rivais também têm em comum o fato de terem atuado no meio de semana por outras competições. O Santos avançou na Copa do Brasil após vencer o Londrina por 1 a 0, em São José dos Campos. Já o São Paulo passou pelo Danubio, por 2 a 1, e manteve a segunda colocação do Grupo 2 na Taça Libertadores da América.

O confronto terá a arbitragem de Raphael Claus, que será auxiliado por Marcelo Carvalho Van Gasse e Miguel Caetano Ribeiro da Costa.

As equipes

Santos: o Peixe poupou a maior parte de seus titulares no jogo contra o Londrina, na quarta-feira, pela Copa do Brasil. Robinho, que deixou a partida contra o XV de Piracicaba, no domingo, sentindo dores musculares, não será problema. Na sexta-feira, Ricardo Oliveira e Valencia não participaram do treino, mas por precaução. O Santos buscará sua sétima final consecutiva de Paulistão com Vladimir, Victor Ferraz, David Braz, Werley e Chiquinho; Valencia, Renato e Lucas Lima; Geuvânio, Robinho e Ricardo Oliveira.

São Paulo: o técnico interino Milton Cruz fez mistério e, no último treino com a presença dos jornalistas, deixou os titulares na academia para fortalecimento muscular. A tendência é que ele mantenha o esquema que vem sendo usado, com três volantes e um trio ofensivo formado por Michel Bastos, Paulo Henrique Ganso e Alexandre Pato. Uma vaga está aberta no meio-campo, já que Souza está suspenso. A tendência é que Hudson seja o escolhido, com Paulo Miranda sendo mantido na lateral direita. A provável formação tem: Rogério Ceni; Hudson (Paulo Miranda), Rafael Toloi, Dória e Reinaldo; Denilson, Thiago Mendes (Hudson), Wesley, Paulo Henrique Ganso e Michel Bastos; Alexandre Pato.

 

 

 

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