Fundação Alfredo da Matta já atendeu mais de 4 mil pessoas em mutirões, em 2017

Os mutirões da FUAM realizaram mais de 4 mil atendimentos neste ano/Foto: Divulgação

A Fundação Alfredo da Matta (Fuam) já realizou mais de 4 mil atendimentos, somente no 1º semestre de 2017, em ações extramuros, durante os chamados “Mutirões Dermatológicos”. De janeiro a maio deste ano, já foram realizados três mutirões na capital amazonense, nas zonas sul, leste e norte, sendo o último deles realizado no dia 27 de maio, na Comunidade São Pedro.
“Existe uma demanda bastante reprimida nos atendimentos dermatológicos em Manaus. Por isso, temos realizado os nossos mutirões, saindo da sede da Fundação Alfredo da Matta e indo até a população, com atendimento médico dermatológico, realizando busca ativa de novos casos de hanseníase e, por conseguinte, outras doenças dermatológicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, as ISTs”, destacou o diretor-presidente da Fuam, Dr. Helder Cavalcante.


Os mutirões da FUAM realizaram mais de 4 mil atendimentos neste ano/Foto: Divulgação

No total, os três mutirões já realizados pela Fuam, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), somaram 4.631 atendimentos, sendo 1.534 exames dermatológicos, 1.144 consultas médicas dermatológicas, 493 aconselhamentos (atendimento realizado antes e após testes para Infecções Sexualmente Transmissíveis), 472 Testes para Sífilis, 472 Testes para HIV e 516 atendimentos farmacêuticos.

“A escolha dos locais onde são feitos os mutirões se dão em função dos estudos epidemiológicos que realizamos na Fuam, os quais apontam as áreas com maiores índices de casos da hanseníase e onde sabemos que há uma demanda reprimida de pessoas que necessitam dos serviços de saúde dermatológicos”, explicou a chefe do Departamento de Controle de Doenças e Epidemiologia da Fundação, Valderiza Pedrosa.

Zona norte totalizou quase 2 mil atendimentos – O último mutirão da Fuam, realizado na dia 27 de maio, na Escola Estadual Professor Waldocke Fricke de Lyra (Colégio Militar da Polícia Militar), localizado na Comunidade São Pedro, zona norte de Manaus, realizou 1.921 atendimentos, sendo 611 exames dermatológicos, 478 consultas médicas dermatológicas, 223 atendimentos farmacêuticos, 217 aconselhamentos, 196 Testes para Sífilis e 196 Testes para HIV.

Em números de doenças notificadas, este também foi o mutirão com maior número de doentes diagnosticados: 11 casos de hanseníase, 16 casos positivos para sífilis, 3 casos positivos para HIV e 11 casos de câncer de pele. Todos os pacientes já iniciaram tratamento médico.

Além dos casos de atendimento prioritário na Fuam, todos os casos dermatológicos diagnosticados – 412 casos de diversas dermatoses – também foram devidamente medicados, já que a Fuam disponibiliza nos mutirões atendimento farmacêutico, com dispensação de medicamentos prescritos pelos médicos durante as consultas.

Números expressivos – Os mutirões da Fuam são aqueles que vão além do atendimento de rotina da instituição e são realizados normalmente nos fins de semana, com ação voluntária de equipe médica, demais profissionais de saúde e administrativos. A ideia é ir cada vez mais onde a população está, entendendo que a demanda reprimida na área da dermatologia é uma das principais no Sistema de Saúde.

Em 2016, a Fuam realizou cinco mutirões dermatológicos, totalizando 11.958 atendimentos, dos quais foram notificados 79 casos de hanseníase, 99 de câncer de pele, 38 de sífilis e 52 de psoríase.

“Estas pessoas talvez nem tivessem a oportunidade de ter um diagnóstico, já que não tinham até então oportunidade de se consultar ou talvez nem imaginassem que tinham essas doenças”, afirma Helder Cavalcante.

Com a Fuam próxima da comunidade, o diagnóstico foi possível e isto para a saúde é determinante, já que doenças, como a hanseníase, têm mais chances de cura sem deformidades se for detectada o mais cedo possível. “Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores são as chances de cura sem deformidades. E o mais importante é que o doente não transmite mais a doença quando inicia a medicação”, comentou o diretor-presidente da Fuam.

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