O ministro Luís Roberto Barroso, ministro do Tribunal Superior Eleitoral, determinou na última sexta-feira, 9, que WhatsApp, Facebook, Twitter, Instagram e Google que respondam, em um prazo de três dias, se houve contratação de impulsionamento de conteúdo a favor do presidente eleito Jair Bolsonaro durante as eleições.
Barroso, que é relator no Tribunal Superior Eleitoral da prestação de contas parcial da campanha de Bolsonaro, atendeu a um pedido da área técnica do TSE, que analisa as contas de campanha apresentadas por Bolsonaro. As notificações foram emitidas nesta sexta (9).
“As eleições 2018 são o primeiro pleito em que foi autorizada a contratação de impulsionamento de conteúdos na internet. […] O impulsionamento de conteúdos é considerado gasto eleitoral, sujeito a registro e aos limites fixados na lei”, escreveu Barroso em sua decisão.
Durante o segundo turno da campanha presidencial, a Folha de S. Paulo revelou que empresas impulsionaram disparos de notícias falsas por WhatsApp contra o PT. A prática é ilegal, pois se trata de doação de campanha por empresas, vedada pela legislação eleitoral, e não declarada. Bolsonaro e seus aliados negam que tenham contratado esse tipo de serviço.