
O governo brasileiro, sob a liderança de Luiz Inácio Lula da Silva, finalizou a ratificação do acordo de livre comércio entre o Estado da Palestina e o Mercosul, consolidando um marco histórico para ambas as partes. O Brasil foi o primeiro país do bloco a formalizar o documento, que visa facilitar o comércio de uma ampla gama de produtos, incluindo animais, produtos de pesca marítima e matéria-prima.
O acordo, assinado em 20 de dezembro de 2011, engloba diversos aspectos comerciais, como regras de origem, regulamentos técnicos, medidas sanitárias e fitossanitárias, além de estabelecer bases para cooperação técnica e tecnológica. De acordo com fontes consultadas, o acordo também possui uma cláusula evolutiva que poderá abrir caminho para futuras negociações sobre serviços e investimentos.
A carta de ratificação foi assinada pelo governo brasileiro em 3 de julho e apresentada ao Paraguai, então presidente temporário do Mercosul. Após o depósito da ratificação pela Palestina em 30 de abril, o acordo entrará em vigor após trinta dias, uma vez que todos os países do bloco notificarem sua aprovação.
Para o presidente Lula, essa iniciativa representa um passo concreto em direção a um Estado palestino economicamente viável e pacífico, capaz de conviver harmoniosamente com seus vizinhos. José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil, ressaltou que o período de 12 anos entre a assinatura e a ratificação não é incomum, devido aos trâmites legislativos necessários em cada país.
Lula também expressou sua satisfação com o Brasil sendo o primeiro a ratificar o acordo, destacando a importância de fortalecer laços econômicos e comerciais com a Palestina. Contudo, ele lamentou que essa conquista ocorra em um contexto de desafios enfrentados pelo povo palestino devido a conflitos regionais.
Fonte: R7