A greve na fábrica da J.Toledo Suzuki no Polo Industrial de Manaus (PIM), completou cinco dias nesta terça feira (01), sem que a diretoria da fábrica encontre uma solução para resolver a falta de pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), que a empresa deve aos seus trabalhadores desde o ano passado.
Os diretores do Sindicato dos Metalúrgicos, juntamente com o presidente, Valdemir Santana, tinham a garantia da direção da Suzuki em Manaus de que eles pagariam R$ 800,00 aos trabalhadores, sendo R$ 600,00 em dinheiro e R$ 200,00 em cesta básica.
Entretanto, ao retornarem à fábrica eles tentaram forçar os trabalhadores a assinar um documento em que concordariam em receber apenas R$ 500,00 de PLR e nenhum benefício a mais.
Retaliação
Na porta de fábrica hoje de manhã (01), a vice-presidente da CNM/CUT, Cátia Cheve, anunciou que o Sindicato dos Metalúrgicos estava servindo o café da manhã aos trabalhadores, porque desde a sexta feira (18), a empresa mandou lacrar o restaurante, fechou os portões e está impedindo os trabalhadores de terem acesso às dependências da empresa até para se alimentar. Cátia está à frende da organização da greve desde a sexta feira.
No Carro de som, o presidente dos Metalúrgicos, Valdemir Santana, falou que é ‘inadmissível’ que uma empresa que fatura milhões de dólares, não queira pagar os trabalhadores conforme consta na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e o que ficou ‘acertado’ entre sindicato e diretoria da empresa.
Valdemir disse que os advogados do sindicato já acionaram o Ministério Público do Trabalho e a Superintendência do Trabalho, mas que acredita mesmo é na força de negociação do sindicato. Para Valdemir Santana, hoje é decisivo. “Vamos entrar à pé na fábrica. Ninguém aqui foi demitido, o que estamos querendo é receber o que nos devem”, acentuou.
Almoço e café da manhã
Enquanto a greve não chegar ao fim, o Sindicato dos Metalúrgico vai continuar servindo as ‘quentinhas’ e o café da manhã aos trabalhadores no pátio de fora da Suzuki. Para a presidente da CNN/CUT, Cátia Cheve, é provável que chegue uma solução hoje, mas da sub-matriz da Suzuki em São Paulo. “Aqui eles não resolvem nada”, acentua.