I Encontro de Gênero e Música da Amazônia vai reunir pesquisadores estaduais e federais

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Com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) e da Secretaria de Estado de Planejamento, Ciência, Tecnologia e Inovação, a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), realizará nos dias 01 e 02 de setembro, no auditório da Escola Superior de Tecnologia, o inédito I Encontro de Música e Gênero da Amazônia, promovido pelo Grupo de Pesquisa e Práticas Musicais da Amazônia da Escola Superior de Artes e Turismo da UEA, e tem como objetivo fomentar a compreensão da música, a partir da perspectiva dos estudos de gênero.


O encontro, que será realizado pela primeira vez em Manaus, reunirá nove pesquisadores e pesquisadoras de diferentes universidades estaduais e federais, os quais em parceria com professores e professoras, além de artistas locais têm a responsabilidade de apresentar uma reflexão sobre música e gênero em nossa sociedade, aliás, assunto ainda incipiente tanto dentro quanto fora da academia amazonense, conforme ressalta o grupo de organizadores do evento.

Pensado no formato de mesas de debate, o I Encontro de Música e Gênero da Amazônia terá apresentações musicais permeando a troca de ideias. O encontro também se destaca como afirmação política diante da conjuntura atual visto que, setores mais conservadores veem tentando obstruir o avanço das reflexões sobre gênero na sociedade brasileira.

Neste sentido, assume grande importância dentro do evento, aberto ao público, a participação de vários movimentos sociais/populares e sociedade civil como um todo dinamizando tanto as mesas de debate quanto as intervenções artísticas ao longo de toda a programação.

A Profa. Dra. em Etnomusicologia Laila Rosa, pesquisadora da Universidade Federal da Bahia (UFBA) participará da mesa de abertura do encontro e destaca a percepção de que mais e novas abordagens sobre corpo, gênero e sexualidade teem surgido – do ano 2000 até o presente – no campo dos estudos sobre música desde os primordios deste debate inaugurado na década de 1980.

De acordo com a pesquisadora da UFBA e New York University, “é possível perceber mais sistematicamente a presença dessas abordagens nos anais dos encontros das associações nacionais de música”. Dois dos pontos altos do primeiro dia do evento serão registrados durante a apresentação da mesa de debate da  Profa. Dra. Laila Rosa com a temática “Fora do objeto: artevismo feminista como produção de conhecimento em música” e a apresentação musical “Do Rio Negro ao São Franscisco” com a performance da musicista Laila Rosa (violino), da poeta e cantora Márcia Wayna Kambeba e dos músicos Júlio Caldas (guitarra), Bernardo Mesquita (bateria/percussão), Israel Pinheiro (baixo), Tarcísio Braga (percussão).

Para saber mais No Brasil, o estudo inaugural de música e gênero aconteceu pelas mãos de Rita Segato em 1984 com a tese “Uma teoria nativa de tipos psicológicos: deuses e suas representações simbólicas pelos membros do culto do xangô em Recife”. A tese foi orientada pelo famoso etnomusicólogo inglês John Blacking e seu trabalho de campo foi realizado em Olinda, Pernambuco.

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