Nesta terça-feira (5), o Instituto Nacional da Colonização e Reforma Agrária (Incra) marcou um momento histórico ao realizar uma reunião para discutir o reconhecimento de Territórios Quilombolas. O evento, que contou com a aprovação do reconhecimento de cinco territórios, reafirma o compromisso do Incra com a agenda quilombola.
O diretor de governança fundiária do Incra, João Pedro Gonçalves, destacou a importância desse reconhecimento. “Aprovamos o reconhecimento de cinco Territórios Quilombolas. Um deles fica em Óbidos, no Pará. O outro está localizado no rio Andirá, em Barreirinha, terra do poeta Thiago de Melo, no Amazonas”, afirmou Gonçalves.
A reunião representa um marco na valorização das comunidades quilombolas, reconhecendo a ancestralidade e contribuição desses povos para a construção da nação brasileira. “Este é um povo que construiu essa nação, que tem ancestralidade reconhecida”, ressaltou João Pedro Gonçalves.
O termo “quilombola” refere-se aos remanescentes das comunidades quilombolas, criadas entre os séculos 16 e 19 por pessoas escravizadas que fugiam do regime de violência imposto pela escravidão. Esses espaços representavam não apenas locais de liberdade, mas também de resistência contra a opressão.
É importante reconhecer que as comunidades quilombolas podem se autodefinir de diversas maneiras, como terras de preto, terras de santo, comunidade negra rural ou pelo nome da própria comunidade (Gorutubanos, Kalunga, Negros do Riacho, entre outros). O reconhecimento dessas comunidades remanescentes de quilombo é fundamental para valorizar a memória e reconhecer a dívida histórica e presente que o Estado brasileiro tem com a população negra.
O Incra reitera seu compromisso em continuar trabalhando em prol da promoção e reconhecimento das comunidades quilombolas, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.
