
À frente de Geraldo Alckmin (PSDB) e Ciro Gomes (PDT) nas pesquisas de intenção de voto, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa(PSB) anunciou nesta terça-feira (8) que não será mais candidato.
Logo que se filiou ao PSB, Joaquim afirmou que a família dele era contra a candidatura. A principal preocupação dos parentes é a saúde do ex-ministro, que sofre de sacroileíte, uma inflamação na base da coluna.

Além da família, havia resistência dentro do próprio partido. Joaquim se filiou à legenda em 6 de abril sem consenso entre os pessebistas. A ala do PSB que defendia sua candidatura apostava que ele seria capaz de unir “mortadela e coxinha”.
Os caciques do partido faziam uma peregrinação para convencer os correligionários a se unir em torno de Joaquim. Os integrantes do PSB contrários à candidatura argumentavam que o Brasil não conhece as ideias do ex-ministro para política e economia.
Além disso, em São Paulo, havia um combinado feito pelo governador em exercício Márcio França de o partido apoiar o ex-governador Geraldo Alckmin. A expectativa era de que a oficialização da candidatura ocorresse no próximo dia 15.
Trajetória
Nascido em Paracatu (MG), Barbosa é o mais velho de 8 irmãos filhos de um pedreiro e de uma dona de casa. Na infância, ajudava o pai fazendo tijolos e entregando lenha em um caminhão da família. O magistrado foi indicado para o STF em 2003 por Lula.
Ganhou notoriedade como relator no julgamento do mensalão, em 2012. Na época, foi visto como algoz do PT. Foi nesse ano que ele assumiu também a presidência da corte, posto que deixou em 2014, ao aposentar-se voluntariamente antes do término do mandato.