Lavrador é preso após mutilar cão com estilete

Agnel Francisco Alves, de 40 anos (Foto: Rádio Cidade Caratinga / Divulgação)

Polícia de Minas Gerais prendeu um lavrador que mutilou os testículos de dois cães com um estilete durante uma festa. O crime ocorreu na Zona Rural da cidade de Inhapim, distante cerca de 340 quilômetros de Belo Horizonte e foi gravado por câmeras de telefones celulares.


Agnel Francisco Alves tem 40 anos e foi apresentado pela Polícia de Meio Ambiente depois que as imagens viralizaram e chocaram a população e entidades de defesa dos animais. Somente Agnel foi preso até o momento, mas sete homens que aparecem nas imagens devem prestar esclarecimentos às autoridades policiais mineiras.

No vídeo, o lavrador é mostrado sorrindo enquanto outros colegas tentam segurar o animal. O cachorro se debate e chora tentando se soltar dos torturadores. Agnel é quem tira o estilete do bolso e, às gargalhadas, corta os órgãos genitais do animal.

Agnel Francisco Alves, de 40 anos (Foto: Rádio Cidade Caratinga / Divulgação)

Frieza durante depoimento

De acordo com o delegado, Afrânio Márcio, Agnel se manteve tranquilo e não apresentava arrependimento ou remorso pela tortura imposta a que submeteu o animal. O autor tratou o caso como uma “farrinha” e “brincadeira”. O delegado perguntou se ele sabia que o que havia feito contra o cão era crime e ele respondeu que sim e completou que gostava de uma “baguncinha”.

Legislação obsoleta, segundo promotor

De certo modo, a forma com a qual o lavrador reagiu à prisão pode ser justificada na brandura que da legislação que trata desses crimes. O promotor Marcelo Magno criticou a legislação atual e classificou a pena para quem é pego cometendo maus tratos contra animais como irrisória. Ele sequer terminou de assistir ao vídeo e o classificou como brutal.

“Por mais que possamos nos dedicar a essa solução, infelizmente é uma solução pontual. Temos um problema estrutural, há uma falha no sistema legal. Uma obsolescência legislativa acerca dos crimes de maus tratos, pois considero inaceitável que pessoas se reúnam e por mera diversão possam praticar atos de tamanha crueldade e mesmo assim responder por crimes cuja pena é infelizmente irrisória.”

De acordo com o artigo 32 da A Lei 9.605 de 1998 quem for pego praticando atos de abuso, maus tratos, ferindo ou mutilando animais silvestres no Brasil pode ser detido por 3 meses a um ano. Em caso de morte do animal a pena pode ser aumentada em 1/6 a 1/3.

Vereador sugeriu comer cães

Em junho do ano passado, foi a vez de um vereador deixar indignados associações de defesa de animais em Minas Gerais. Wellington Arantes (PSB) sugeriu que as pessoas comessem os cães na tentativa de diminuir a população de animais de rua na cidade de Ituiutaba.

Em tom de deboche ele afirmou que a melhor alternativa seria fazer igual no Japão e “comer esses cachorros acabar com isso”, para arrematar em seguida: “se nós não estamos fazendo cirurgia eletivas na Secretaria de Saúdevamos fazer em cachorro?”

O vereador se desculpou após a repercussão do caso e alegou que tem animais em sua residência e os trata muito bem.

Fonte: Terra

Artigo anteriorUsina Chaminé oferece oficina gratuita de reutilização criativa
Próximo artigoMT registra 19 casos de ferrugem asiática em plantações de soja voluntária

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui