Lei, bares e restaurantes na Bola da Suframa tiram poder de decisão da Polícia Militar em Manaus

Bola da Suframa: local movimentado e barulhento à noite - foto: recorte/ilustrativa

A recente promulgação da Lei nº 6.997, de 11 de julho de 2024, trouxe mudanças significativas e preocupantes na atuação da Polícia Militar (PM) na cidade de Manaus


De acordo com a nova legislação, os policiais militares não possuem mais poder de polícia para determinadas instruções, o que gerou um cenário preocupante, especialmente em locais onde a criminalidade já encontra terreno fértil para prosperar.

Um exemplo emblemático desse problema ocorre nas proximidades da Bola da SUFRAMA, na BR-319.

A região tem sido marcada pela presença de bares que operam sem controle, muitas vezes utilizando veículos equipados com paredões de som em volumes abusivos e, segundas denúncias, sendo palco para o tráfico de drogas.

Apesar das diversas reclamações feitas pela população, a Polícia Militar, mesmo quando acionada, encontra-se de mãos atadas devido às limitações impostas pela Lei 6.997, de 11 de julho de 2024.

Bola da Suframa em Manaus, local onde policiais tem problemas para executar a Lei do silêncio – foto: recorte

Donos de bares

Para policiais das rondas, os próprios donos dos estabelecimentos, confiam nessa restrição, desafiam a autoridade policial, argumentando que o fechamento dos bares ou apreensão de equipamentos sonoros não é responsabilidade da Polícia Militar.

Com isso, a polícia militar deixa seguir com medo dos comandantes punir, pois se o policial militar fechar um bar, ele é denunciado e o comando entra com punição contra o Polícia Militar.

Essa lacuna na aplicação da lei reflete diretamente no aumento da sensação de impunidade. A criminalidade na região tem crescido, alimentada pela ausência de uma resposta eficaz das autoridades competentes. A população, por sua vez, sente-se desamparada, observando o avanço de práticas

O governador Wilson Lima e o comando estadual foram alvo de críticas pela falta de medidas eficazes para enfrentar essa crise. A percepção é de que o governo ignora a gravidade do problema, permitindo que a criminalidade se espalhe sem restrições. A ausência de coordenação entre os órgãos de fiscalização e segurança agrava ainda mais a situação, reforçando a sensação de abandono por parte do Governo do Estado.

É urgente que sejam revisadas as atribuições da Polícia Militar e fortalecida a integração com outros órgãos fiscalizadores para conter o avanço da criminalidade em Manaus. Sem uma ação coordenada e eficaz, a lei, que deveria proteger a população, acaba por favorecer aqueles que infringem as regras, deixando os cidadãos à mercê do caos e da desordem.

*Texto feito em parceria com oficil PM, S. P. – policial militar, que preferiu não ser identificado neste primeiro momento.

Pagodão do Calçadão:

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